Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A falência da JAL

13 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , , ,

O governo japonês continua desenvolvendo esforços para que a reestruturação da JAL ocorra de forma menos traumática possível, admitindo que acionistas, funcionários e seus aposentados, bem como os credores, necessitam cooperar para que a organização seja substancialmente enxugada na sua dimensão e nos seus custos.

O ponto de maior resistência foi superado, pois entre os aposentados havia necessidade da aprovação de dois terços, e se alcançou os 67% necessários, portanto no limite mínimo indispensável. Admitiram um corte substancial de suas pensões, como os funcionários que continuam na ativa, e que serão reduzidos drasticamente. Agora, trata-se dos acertos com os credores, onde o Banco Japonês de Desenvolvimento, oficial, é o maior credor, mas os três grandes grupos privados são importantes. Os bancos acham que a falência seria o mecanismo de minimizar os seus riscos, pois certamente reduzirão uma parte substancial dos seus lucros.

O tipo de cultura japonesa, de uma forte solidariedade coletiva, ainda pode levar a uma solução que seja a falência, o que provocaria a reestruturação liderada pelo Judiciário, com o comando de prestigioso empresário como o antigo presidente da Kyocera. Há indicações que o governo Hatoyama não goza do prestígio necessário, pois estas soluções eram obtidas com maior facilidade no passado.

A falência não significa a suspensão das atividades da JAL, mas uma pressão muito forte para que todos os credores, inclusive fornecedores, bem como os funcionários e aposentados, aceitem, impositivamente, os fortes cortes que serão efetuados, bem como facilitar os entendimentos com outras companhias aéreas.

Em qualquer circunstância há que se admitir que o impacto dos problemas de uma grande companhia aérea como a JAL é enorme, em todo o mundo, inclusive na América do Sul, tanto pelas operações dos seus voos como pelos contratos de fornecimento que a EMBRAER conquistou a duras penas.



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