Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estudos dos Países Asiáticos

22 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Livros e Filmes | Tags: , , , ,

Algumas pessoas me solicitam que recomende algumas bibliografias mais adequadas para conhecerem países asiáticos. É uma tarefa difícil, pois depende do nível de profundidade desejado pelo leitor, além delas serem vastas, exigindo opções, pois ninguém que conheço leu todas as que estão disponíveis.

Mas, lendo alguns autores considerados mais importantes, verifica-se que existem longas listas de recomendações das quais algumas podem ser selecionadas. Minha preferência é sempre pelos autores que viveram, mesmo por pouco tempo, nestes países e foram capazes de captar a alma de cada povo, ainda que isto implique numa generalização sempre perigosa. Ter conhecimento de outros povos, que sirvam de referência para comparações, é fundamental. Por exemplo, alguns autores ficam tão apaixonados por um povo que suas análises acabam ficando com acentuados vieses.

Vamos começar pela China, considerada uma das mães da Ásia, que influenciou todos os países do Extremo Oriente, nos quais ficaremos concentrados. Há quase um consenso que o maior conhecedor daquele país foi Joseph Needham, que coordenou e escreveu a maior parte do Science and Civilisation of China. Ele foi um consagrado professor de Cambridge que, além desta enciclopédia, escreveu mais de uma dezena de importantes livros sobre este país, todos bem documentados. Mas seus trabalhos são profundos, e seus livros nem sempre estão disponíveis, salvo em algumas bibliotecas.

Uma das mais recentes resenhas, do ponto de vista de três gerações de uma família é Wild Swan, de Jung Chang, que se tornou professora da Universidade de Londres, na School of Oriental and African Studies. Edições recentes em português estão disponíveis. É um relato real da história sofrida ao longo de muitas décadas, tendo como linha condutora três mães. Naomi Doy está preparando para este site uma série de análises deste livro, pois também é uma obra monumental.

Estes livros fogem do padrão oficial, mas permitem o conhecimento de parte da vida real num país continente como a China.



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