Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Para Conhecer os Asiáticos

25 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

sun tzu Um dos livros mais vendidos em todo o mundo, inclusive no Brasil, é o pequeno “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu. Para negociar com empresários, autoridades ou outras personalidades, todos sabem que é como as guerras, e as estratégias e táticas similares às ensinadas por este militar chinês, que viveu entre 544 e 496 AD, estão entre as mais recomendadas. É preciso, antes de tudo, conhecer-se o  máximo de si e dos interlocutores para se obter os sucessos desejados nas negociações, que devem deixar ambas as partes satisfeitas.

Muitos meios são utilizados na Ásia para esta finalidade. Os chineses costumam convidar gentilmente os estrangeiros para um turismo inicial, como uma visita às Muralhas da China, para relaxar da longa viagem que fizeram. Pode estar certo que o guia é um especialista em análise das personalidades das pessoas, procurando obter o máximo deste conhecimento estratégico.

No Japão, quando o potencial dos negócios ou entendimentos são promissores e volumosos, costuma-se convidar os visitantes para um jantar num sofisticado “ryotei”, restaurante da mais alta categoria, acompanhado de “gueixas”, que é uma gentileza extrema e custosa. As verdadeiras “gueixas”, algumas amigas minhas, de minha esposa e de minha família, cujas casas de veraneio frequentamos, nada têm do imaginário ocidental. Costumam ser especialistas no rápido conhecimento das personalidades dos participantes dos jantares, deixando os convidados à vontade e satisfeitos, atendendo às suas preferências, tudo com a mais elevada classe.

Em pouco tempo, elas podem lhe dar um completo perfil das personalidades convidadas obtido num jantar agradabilíssimo, onde se falou das espetaculares especialidades da culinária “kaiseki”, das bebidas oferecidas, das amenidades para estas ocasiões, inclusive sobre aspectos sofisticados da cultura japonesa ou do exterior. Elas costumam estar muito bem preparadas para conversas sobre culturas, políticas e economias ou quaisquer outros assuntos, até especializados, tudo de forma descontraída e refinada.

Fui convidado para uma visita de intercâmbio na Tailândia, quando era presidente do Incra, num programa do Banco Mundial. Minha contrapartida era um poderoso vice-ministro do Interior que cuidava de assuntos fundiários, bem como de outros aspectos de segurança. Utilizei a primeira noite em Bangcoc para jantar com amigos banqueiros internacionais, que conhecia de outras ocasiões. Depois de uma visita de trabalho, rápida e agradável pelo interior do país, fomos jantar com esta personalidade que era o meu anfitrião, mas antes fui avisado pelo meu acompanhante de todos os detalhes de minha visita desde que cheguei a Bangcoc. Entendi imediatamente a sua mensagem…



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