Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Nada Alarmante, mas há Inflação na Ásia

3 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , ,

Nada alarmante por ora, mas acompanhando a recuperação econômica, alguns países asiáticos começam a se preocupar com os problemas inflacionários. Neste início do ano, eles giram em torno de 3% a 4% por mês, como na Coreia, Indonésia e Tailândia, possivelmente em decorrência de uma política expansionista que foi adotada no ano passado.

Este fenômeno que parecia banido do mundo, e que se manteve baixo e até deflacionário em decorrência do baixo nível de atividade e do consumo, volta a se tornar um problema que deve preocupar as autoridades. Algumas matérias-primas voltaram a registrar crescimentos de preços, pois as ofertas não se ajustam tão rapidamente como as demandas, principalmente quando todos os empresários passaram a adotar políticas conservadoras.

Desde o final do ano passado, a maioria das economias acusa uma recuperação, o que tende a puxar os preços das matérias-primas, que parecem já ter passado por um pico em muitos casos. A política expansionista não foi somente monetária, mas fiscal, como uma forma de minimizar os efeitos que vieram da quebra mundial de confiança, proveniente do setor financeiro.

Muitos bancos já registram, novamente, resultados altamente positivos, mas todos desconfiam que existam débitos de difícil cobrança em muitos deles. Os riscos que assumiram foram exagerados, e há uma forte resistência para a adoção de mecanismos de controle, inclusive da remuneração dos seus dirigentes, até mesmo nos Estados Unidos.

Há constatações que nem sempre são os juros os controladores do nível de atividade, com as defasagens conhecidas, mas os câmbios que acabam sendo mais importantes para as economias que dependem fortemente do comércio exterior, como é o caso de muitos asiáticos, e até os não asiáticos.

Existem fortes resistências para a sua manipulação como parte da política econômica, pois, além de desequilibrarem as condições comerciais, os que vivem dos fluxos financeiros internacionais não querem perder o seu rico campo para rentáveis arbitragens.

Na medida em que os Estados Unidos e os países industrializados perderam parte do seu poder de influência internacional, tornou-se difícil atingir um razoável consenso, e países como a China estão utilizando o seu poder de forma plena.



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