Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Relações Sino Americanas

2 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

President Barack Obama talks with Chinese President Hu Jintao during the morning plenary session of the G-20 Pittsburgh Summit at the David L. Lawrence Convention Center in Pittsburgh, Penn., Sept. 25, 2009. (Official White House Photo by Pete Souza)

Quando os presidentes dos dois maiores países do mundo se reúnem, como fizeram Barack Obama e Hu Jintao, espera-se sensatez que supere as aparentes divergências que costumam alimentar a imprensa internacional.

É evidente que existem interesses e posições divergentes, mas os entendimentos são mais amplos, devendo ser aprofundados para minimizar as dificuldades mundiais.

A imprensa chinesa expressa que se procura relações bilaterais saudáveis, estáveis, tanto econômicas, comerciais como políticas, mostrando que haverá, ainda que vagarosamente, um processo de acomodação dos problemas existentes entre os dois países.

Todos sabem que os Estados Unidos são hoje um grande devedor internacional e muito dos créditos são dos chineses. Todos pressionam a China a valorizar a sua moeda, o Yuan, para permitir um melhor equilíbrio comercial mundial. Esperar que isto seja feito rapidamente parece pouco realístico, pois há que se admitir que o padrão de bem-estar médio dos chineses ainda é baixo quando comparado com o mundo industrializado.

É preciso compreender que falamos de um país que espera representar a cultura ocidental, onde a democracia tem por base a revolução francesa e norte-americana, onde o poder emana do povo, e onde os direitos humanos são respeitados.

E de outro, a China encarnando uma cultura asiática, entendendo de forma diferente a democracia, onde nem todos são iguais, os mais velhos são mais considerados que os jovens, os pais mais que os filhos, os professores mais que os alunos. De onde resulta que as autoridades prevalecem sobre os cidadãos, o coletivo sobre o individual. Está havendo uma convergência, mas partem de bases diferentes.

Certamente, os Estados Unidos estão se esforçando para equilibrar suas finanças, os chineses estão aumentando suas importações e expandindo o seu mercado interno e, em que pesem as diferenças, a opinião pública mundial está forçando a China a respeitar mais os que divergem da orientação oficial.

Há uma descompressão, ainda que menor do que muitos desejam. Mas ambos os dirigentes máximos são preparados e lutam com limitações internas que desejam superar. O mundo agradecerá se convergirem mais rapidamente, lutando contra as resistências internas.



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