Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uma Superprodução Sobre a China?

19 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: , , ,

china_filme O jornal Japan Today informa que um novo filme sobre a China acaba de ser concluído, pela Veverka Bros Productions, tendo como título “China: The Rebirth of An Empire”, produzido pelos irmãos Jesse e Jeremy Veverka. Foi filmado em 10 diferentes países e territórios em toda a Ásia, incluindo a China, Hong Kong, Taiwan, Japão, Coreia, Paquistão, Afeganistão, Índia, Nepal e Estados Unidos.

Seria um filme documentário de longa metragem, examinando as implicações globais do crescimento rápido e recente da China, no contexto de perda de poder dos Estados Unidos. Abordaria temas diversos como o livre comércio, o fundamentalismo islâmico, o programa nuclear da Coreia do Norte, o movimento pró-Tibet, as minorias étnicas e religiosas, como os uigures e a Falun Gong.

Veja trailer do filme em www.chinarebirth.com

O filme questiona se uma superpotência chinesa poderia, eventualmente, buscar a vingança para os horrores que o Japão infligiu à China durante as guerras. Veverka diz que tem esperanças que a China não irá seguir os passos militaristas do Japão, mas os japoneses terão que conviver com os efeitos da inversão dos quadros.

O filme teria utilizado muitas locações por abordar temas sensíveis como o Rebiya Kadeer, o líder uigur considerado um separatista pelo governo chinês. Veverka afirma que o filme tem uma visão mais positiva do futuro da China, dada a sua importância econômica. Mas inclui uma série de entrevistas com personalidades que incomodam as autoridades chinesas.

Ainda que este filme seja um documentário, pelas primeiras indicações, tudo indica que provocará uma grande polêmica. Além da dificuldade de ser isento em questões políticas atuais, os temas a serem abordados são tão variados, e exigiria muitas horas para ouvir a interpretação dos fatos sobre ângulos divergentes.

O próprio cuidado de ser filmado em diversos países indica que as autoridades chinesas não ficarão satisfeitas com os temas abordados nem com as personalidades entrevistadas. De qualquer forma, pode enfocar aspectos que não são de conhecimento geral, enriquecendo as versões possíveis sobre problemas extremamente complexos.

Ainda que a expectativa seja grande, deve-se aguardar a sua exibição, pois é sempre muito difícil enfocar um grande país, que tem uma diversidade de situações muito grande, em suas muitas regiões e etnias que a constituem.



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