Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Resultados Positivos das Empresas Asiáticas

12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

São crescentes as notícias de empresas asiáticas, de diversos países, que estão registrando a volta aos lucros neste começo do ano. Superadas as fases mais críticas da crise que se abateu sobre o mundo todo, as empresas, além de tomarem medidas para recuperar suas vendas, com inovações de todas as naturezas, usaram este período para efetuar cortes nas suas despesas.

São comuns as empresas, durante os períodos mais brilhantes, ficarem acomodadas ao crescimento natural das vendas, deixando de fazer as adaptações para as mudanças que se observam, naturalmente, nos diversos mercados. Elas tendem a serem mais condescendentes com as despesas, deixando cortas os desperdícios que vão se acumulando.

Com os resultados negativos colhidos durante a crise, acabam reagindo em todas as frentes. Nas vendas, muitas estão procurando ajustar os seus produtos para modelos de preços mais baixos, para onde se deslocam muitos consumidores. Atualmente, muitas estão procurando ampliar a sua presença nas economias emergentes, onde novas camadas da população foram incorporadas no mercado, como na China, na Índia e no Brasil. Modelos mais populares passam a ser produzidos e colocados no mercado.

O aumento da eficiência passa a ser um foco importante, aumentando a produção e reduzindo os custos, cujos benefícios são transferidos para os consumidores. Tudo indica que a tomada destas difíceis medidas é mais drástica na Ásia, abreviando os períodos de resultados negativos.

Inovações costumam ser introduzidas, visando enxugar as despesas de pessoal e outras menos importantes, aproveitando-se a crise para provocar reestruturações que, normalmente, encontram resistências dentro da organização.

A volta dos resultados positivos é alvissareira, pois indica que as medidas tomadas já estão proporcionando resultados. É dos poucos benefícios provocados pelas crises econômicas. As empresas privadas costumam ser mais eficientes na tomada destas medidas, havendo uma tendência para resistências políticas nas empresas estatais.

Nas administrações públicas, que teriam que contrair as suas despesas em função da queda natural das rendas decorrentes das tributações, estes movimentos são mais difíceis. Muitas delas estão ampliando os seus gastos, dentro de uma política antidepressiva, o que acaba provocando uma elevação do endividamento público.



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