Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mitsubishi Recupera a Agressividade

21 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

O novo presidente da Mitsubishi, Ken Kobayashi, que assumiu o comando desta empresa que é a maior trading do Japão, visitou a terra natal, Kochi, do fundador do grupo, Yataro Iwasaki, e vem fazendo pronunciamentos no sentido de recuperar a agressividade que o tornou o maior grupo empresarial japonês. Vem falando para os seus funcionários, considerando os seus recursos humanos e a organização que possuem como importantes para novos passos vigorosos.

Considera que a médio prazo os objetivos serão ampliar as fontes de recursos naturais que possuem, ao lado da energia, tendo como prioridade o mercado emergente. Assim, Brasil, China e Índia figuram como alvos preferenciais da Mitsubishi, que já possui atividades no país há cerca de um século, inclusive com investimentos como na Petrobras.

mitsubishi_grupo antigo Ken Kobayashi

Yataro Iwasaki, 2º da esq. p/ a dir. sentado, e membros seniores da Mitsubishi. Ken Kobayashi

Entre suas afirmações, nota-se que entende que o grupo tomará riscos para continuar expandindo suas operações na área energética, que ficaram reduzidas no passado recente, pelas dificuldades decorrentes da crise mundial. Adquiriram há pouco tempo uma mina de carvão mineral na Austrália.

O grupo Mitsubishi e a família Iwasaki operam tradicionalmente no Brasil, tendo adquirido uma fazenda nos arredores de Campinas, SP, que pertenceu ao Imperador Pedro II, e que foi cenário para filmes como Natsu e Haru.

Sempre foram importantes nos negócios de produtos petrolíferos no Japão, onde figuram entre os mais importantes.

Na medida em que dão prioridade para recursos naturais e energéticos, certamente estarão entre os mais interessados na ampliação dos negócios com o Brasil, como expressam claramente. Nota-se, em alguns segmentos empresariais mais importantes, um desejo de ampliar o vigor que marcou os antigos Zaibatsu, hoje utilizados por grupos como os coreanos.

Tudo isto pode significar “mel na sopa”, mas é indispensável que os interesses sejam bilaterais, de brasileiros como japoneses, pois as opções disponíveis no mundo globalizado exigem competitividade. E ambos os países, como o Japão e o Brasil, necessitam de novas iniciativas criativas para manter e ampliar o seu ritmo de desenvolvimento, dentro de um universo que tende a enfrentar uma fase de desaceleração.



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