Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ano Internacional da Biodiversidade

24 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

2010 Começam a aparecer na imprensa as primeiras manifestações sobre o Ano Internacional da Biodiversidade em 2010 e a próxima reunião a ser realizada em Nagoya, Japão, que deve ser de toda a humanidade. A primeira tentativa ocorreu no Rio de Janeiro em 1992. O Estado de S.Paulo traz hoje um artigo de Washington Novaes sobre o assunto e o Valor Econômico reproduz a Carta Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade, além de editar um caderno especial sobre Tecnologias verdes. Este não é um assunto “deles”, mas de “todos nós”.

As tentativas para estabelecer metas claras para os diversos países não obtiveram sucesso, principalmente dos países mais poluidores como os industrializados e alguns emergentes, mesmo que todos estejam assistindo à assustadora deterioração do meio ambiente, provocando irregularidades climáticas desastrosas nas mais variadas partes do mundo.

É assustador quando se observa a lista limitada das empresas brasileiras que assinaram a Carta Empresarial sobre o assunto. A opinião pública brasileira necessita organizar-se para exigir que todas as empresas se comprometam com seus objetivos, pois a nossa sobrevivência depende do estabelecimento de metas claras.

E todos nós, individualmente, precisamos praticar ações que reduzam a poluição e não prejudiquem a preservação da mais rica biodiversidade do mundo, que é a brasileira. Não é admissível que continuemos a utilizar sacos plásticos não biodegradáveis, quando somos os pioneiros no mundo na utilização da cana de açúcar para produtos que são amigas do meio ambiente.

Já em 1985, o Brasil apresentava na EXPO TSUKUBA 85 a tecnologia do etanol, naquela época ainda denominada álcool, mostrando que a alcoolquímica era uma solução exequível e econômica. Recomendamos a produção de plásticos verdes, e a Braskem já a tornou uma realidade em grande escala. Não podemos continuar com os nossos lixões cheios de plásticos petroquímicos que não se deterioram por muitas décadas. Parece que chegou a hora de proibir o uso destes sacos plásticos petroquímicos tanto para embalar produtos como para carregar mercadorias, como nos supermercados.

The Economist noticiou que o desmatamento da Amazônia se reduziu a um quarto desde 2003, mas precisamos chegar próximo de zero, sempre substituindo cada árvore derrubada por muitas outras racionalmente reflorestadas. Não podemos ficar como a Península Ibérica, praticamente sem matas.

Cada um de nós pode fazer um mínimo de coisas, desde regular os nossos carros, denunciar os veículos que continuam poluindo, as fábricas que continuam lançando resíduos tóxicos no ar e nos rios, deixando de reciclar lixos, economizando energia e água.

É muito importante ter a plena consciência que tudo isto, inclusive nossa sobrevivência, depende diretamente de nós mesmos.



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