Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

NBER Oficializa o Fim da Recessão dos Estados Unidos

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

A imprensa econômica noticia com satisfação, em muitos lugares do mundo, o novo relatório do NBER – National Bureau of Economic Research, uma organização não governamental que faz uma cuidadosa e complexa análise dos processos de recessão nos Estados Unidos. Utilizando dados definitivos que demoram a ser publicados, este organismo anuncia que a recessão que começou em dezembro de 2007 terminou oficialmente em junho de 2009, tendo sido uma das mais longas observadas depois da Segunda Guerra Mundial.

Ainda assim, o emprego ainda não voltou aos níveis anteriores naquela economia, devendo demorar bastante para que isto ocorra, e qualquer queda nos próximos meses será uma nova recessão, não se ligando à anterior.

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Há um reconhecimento mundial que a economia norte-americana deixou de ter a influência que tinha no passado em todo o mundo, sendo em parte substituída pela dos países emergentes como a China, bem como todo o continente asiático. Ainda assim, continua sendo a primeira do mundo, posição que deverá manter por cerca de duas décadas, até ser ultrapassada pela chinesa, se as tendências econômicas continuarem sendo as atuais.

Mesmo que isto venha a acontecer, o mundo reconhece que os Estados Unidos continuarão sendo um pólo gerador de inovações tecnológicas, contando com importantes centros de pesquisa e ensino universitário. Um recente levantamento da qualidade das universidades em todo o mundo concluiu que as 10 mais importantes continuam naquele país, incluindo somente as duas últimas da Inglaterra.

Ainda que haja um aumento do número de importantes universidades na China e em outros países, as mesmas não conseguem ser avaliadas como tão importantes quanto às norte-americanas, que continuam sendo procuradas pelos próprios chineses, notadamente nos cursos de pós-graduação, para obtenção de títulos de mestrado e doutorado.

É preciso considerar, também, que as empresas multinacionais de origem norte-americana estão com suas unidades produtoras espalhadas por todo o mundo, bem como os bancos com operações internacionais. Ainda assim, a força militar dos Estados Unidos não é capaz de cuidar da segurança internacional, tendo seus poderes de dissuasão reduzidos, com escândalos como os denunciados no Iraque e agora no Afeganistão.

Do ponto de vista econômico, mas também político, o mundo tende a ficar mais equilibrado, com o chamado G20 em franca ascensão, do qual faz parte também o Brasil. Os emergentes suavizaram a recessão mundial, e muitos se recuperaram mais rapidamente.



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