Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estímulos Externos Para a Índia

25 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Parece claro que alguns países ocidentais entendem que a Índia, por contar com um sistema democrático, deve ser estimulada a um desenvolvimento mais rápido, para exercer um papel estratégico na Ásia contrapondo-se à China. Num artigo constante do site do Financial Times, os jornalistas James Lamond e Anjli Raval, de Nova Delhi, e Michiyo Nakamoto, de Tóquio, publicam um artigo informando que os Estados Unidos estimulam a Índia a ter um papel mais importante na Ásia.

Eles entendem que a próxima visita do presidente Barack Obama visa um papel mais importante na Ásia, tanto do ponto de vista comercial, político como de segurança internacional conjunta. Informam que países asiáticos ficam mais ansiosos com as pretensões chinesas. Reportam ao estabelecimento do acordo de livre comércio estabelecido com o Japão na atual visita do primeiro-mnistro hindu a aquele país, como primeiro passo da viagem que envolve o Vietnã a Malásia.

Manmohan Singh

Primeiro-ministro hindu Manmohan Singh durante entrevista coletiva a jornalistas japoneses

A Índia não tem sido incluída nos entendimentos para aprofundar as relações com outros países do Sudeste Asiático e a Austrália, que também discutem acordos de livre comércio.

Os líderes hindus se mostram preocupados com a expansão chinesa, do ponto de vista comercial e político, com o Paquistão, Burma, Nepal e Sri Lanka. Mas a Índia se preocupa também com os entendimentos dos Estados Unidos com a China, na última visita do pesidente Barack Obama a Beijing. Eles se mostram sensíveis, particularmente, com as ambições do Paquistão, que possui armamentos atômicos, nas suas pretensões sobre as províncias indianas de Arunachal Pradesh e Kashimir.

Os Estados Unidos não esperam que a Índia seja uma aliada, mas tem sido parceira em mais de 50 exercícios militares conjuntos, para interoperar com equipamentos que permitam suportar suas atividades antipiratarias, manutenção da paz e operações humanitárias. Oficiais norte-americanos entendem que as relações bilaterais vêm se aperfeiçoando sob as presidências de Bill Clinton, George W. Bush e agora com Barack Obama.

Todos estes entendimentos são complexos, pois sempre se considera a necessidade de certo equilíbrio em toda a Ásia, ao mesmo tempo em que o mercado interno chinês em ascensão exerce atrações aos diversos países e seus empresários.



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