Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Chineses Continuam com Destaque na Imprensa Brasileira

3 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Ninguém pode negar que a China passou a desempenhar um papel de destaque no mundo atual, e até os principais meios de comunicação social do Brasil procuram contar com correspondentes naquele país. No entanto, nem sempre é fácil cobrir um país gigantesco e complexo como aquele, com as diversidades que apresentam e até porque muitos são encarregados, também, da cobertura de toda a Ásia, com as naturais dificuldades dos idiomas. Como as agências de notícias parecem ter perdido a sua importância, utilizam-se também muitos artigos publicados nos jornais de importância mundial.

Deve-se reconhecer, igualmente, as dificuldades na conferência de muitas informações quando existem muitos que “plantam” notícias e estão vinculados a fortes interesses empresariais ou políticos, além das naturais tendências ideológicas de importantes veículos. O custo de manter uma boa equipe de jornalistas está ficando proibitivo, exigindo o risco de utilizar fontes que podem ser suas tendências próprias. Na Folha de S.Paulo aparecem hoje notícias sobre a aquisição de terras rurais por parte dos estrangeiros ou empresas com participação de capital estrangeiro, bem como informações de investimentos na área da exploração do petróleo, que são assuntos sensíveis e exigem cuidados especiais. Estes esforços para manter os leitores informados devem ser elogiados e não se referem somente aos chineses, mas sempre há um destaque para eles.

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Cultivo de cana de açúcar no Cerrado e plataforma de petróleo na Costa brasileira

O controle do Incra sobre propriedades rurais de estrangeiros já existia, mas de forma ineficiente, desde a época em que exerci a sua presidência. Agora, procura-se aperfeiçoar o sistema, dado o aumento do interesse dos estrangeiros para a produção de alimentos e energia.

Também no que se refere aos recursos minerais, sempre se exigiu a devida autorização governamental. O que acontece é que a sua exploração e a colocação dos minérios e outros produtos exigem volumosos recursos, parte proveniente do exterior. E a sua colocação nos mercados externos, efetuados mediante contratos de longo prazo, acabam determinando a conveniência de participação dos potenciais compradores.

As atenções governamentais estão focadas no devido controle do pré-sal, mas também os volumosos investimentos necessários recomendam a participação dos recursos externos. A dificuldade decorre ao envolverem estatais de outros países, como as chinesas, que podem ser confundidos com os interesses soberanos de potências estrangeiras.

Costuma-se focar, também, problemas relacionados com o exterior, quando existem conveniências políticas internas, pois estes assuntos costumam galvanizar a população. As dissidências que se disseminam na China como as conveniências eleitorais da Rússia parecem influir nos problemas fronteiriços no Extremo Oriente, como alegam os japoneses. São assuntos que exigem análises mais profundas, não se referindo somente aos chineses.



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