Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Desconhecimentos Recíprocos Entre Chineses e Ocidentais

22 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

marcopolo Um interessante artigo foi publicado no China Daily pelo vice-diretor da escola de inglês da Beijing Foreign Studies University, Zhang Xiaoying, expondo a necessidade de aumento dos conhecimentos recíprocos do Ocidente e da China, repetindo o que foi feito pelo Marco Polo. A posição dele é semelhante a deste site. Ele informa que tem aumentado a visita de líderes ocidentais àquele país, mas que a grande maioria dos artigos publicados na imprensa ocidental sobre a China continua refletindo uma visão estereotipada do País do Meio. Entre os comentários que tem recebido sobre seus artigos, ele menciona alguns que se posicionam radicalmente contrários à China, como tivessem sido solicitados pelas autoridades e refletissem uma pretensão demoníaca dos chineses.

Ele informa que houve recentemente o Quarto Fórum Mundial Sobre Estudos Chineses em Xangai, onde participaram 280 acadêmicos de 20 países e regiões diferentes. Tinha como lema “Vivendo Juntos, Crescendo Juntos: China Integrando no Mundo Diverso” (Living together, growing together, como no título de uma composição de Burt Bacharach). Ele entende que tais intercâmbios podem reduzir estes desconhecimentos recíprocos.

Living Together, Growing Together Is the Common Goal of China and the World

Lema do Quarto Fórum Mundial Sobre Estudos Chineses

Isto não acontece somente com a China, mas com toda a Ásia e seus principais países, sempre retratados pelos seus aspectos mais exóticos, sem refletir a realidade que está se alterando rapidamente. De fato, a China assusta o Ocidente, quando se recupera rapidamente, para voltar a ocupar uma posição de destaque internacional, que já teve no passado. Se sua economia já ultrapassou a do Japão e nas próximas décadas deve fazer o mesmo com os Estados Unidos, tornando-se a principal no mundo, muitos temem a sua hegemonia, de uma cultura que desconhecem.

É evidente que, no atual mundo globalizado, ainda que os chineses ganhem a posição principal, terão que conviver harmoniosamente com o resto do universo. Certamente, terão que evoluir em alguns aspectos que ainda não se ajustam aos valores que predominam na cultura universal, como também os demais terão que aumentar o conhecimento de sua cultura.

Ainda que muitos chineses estejam ampliando seus contatos com o exterior, a média de um país gigantesco como a China é se centrar nos assuntos internos. O seu conhecimento sobre o que ocorre, por exemplo, na América Latina, ainda é muito limitado. Só a intensificação destes intercâmbios pode reduzir estes conceitos errôneos, que são recíprocos, o que alimenta o medo. É natural que todos os seres humanos temam o desconhecido.



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