Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

JBIC Suprindo Insuficiência de Divulgação de Suas Atividades

20 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Ainda que os japoneses e suas agências governamentais colaborem muito com o Brasil, suas atividades são pouco conhecidas do grande público, e eles acabam obtendo poucos resultados gerais para as suas empresas. Na medida em que elas não obtêm lucros, seus interesses pelo país continuam limitados, ainda que tenham uma orientação geral de transferirem parte de suas atividades para as economias emergentes como o Brasil, que continuam dinâmicas, apresentando perspectivas mais otimistas que no mundo já industrializado.

O JBIC – Japan Bank for International Cooperation é uma das agências oficiais que conta com um escritório de representação no Rio de Janeiro, que acaba de distribuir um livreto explicativo de suas atividades, em português, informando sobre as suas atividades em todo o mundo, que concede uma elevada prioridade para os projetos relacionados com o meio ambiente. Mas já vem colaborando com o Brasil, sendo possivelmente a instituição mais importante nos financiamentos dos projetos de longo prazo, alguns com taxas privilegiadas, abaixo dos praticados no mercado, dentro de um entendimento governo a governo.

1.1.1

Capa da publicação da JBIC em português

Seus maiores financiamentos estão voltados para a Petrobras, cujas plataformas, usinas e gasodutos não teriam tornado realidade sem o suporte da JBIC. Existe um protocolo com a Vale para examinar os seus projetos, que vem recebendo financiamentos há muitas décadas, desde quando estas instituições tinham denominações diferentes.

Suas operações iniciais deram suportes para a implantação de indústrias como a Usiminas e outras siderurgias. Apoiaram a exportação de minérios brasileiros para o Japão, ajudando a implantar a infraestrutura necessária, que acabou culminando nos projetos como o de Carajás. Foi a JBIC o primeiro que retomou as operações depois da crise do petróleo, novamente com projetos de infraestrutura, inclusive a retificação do canal do rio Tietê.

Nestes últimos anos, está voltada aos projetos geradores de energia, como os da Petrobras, bem como de minérios como os da Vale, além dos de infraestrutura urbana como os dos sistemas metropolitanos. O saldo dos financiamentos e investimentos em 2009 chegou próximo a US$ 10 bilhões para o Brasil.

São cifras expressivas, mas o JBIC ainda é pouco conhecido do grande público, e no mundo atual estas operações necessitam contar com o suporte da opinião pública, mostrando que o Brasil e o Japão continuam como parceiros importantes, tendo novas perspectivas nos seus esforços para o desenvolvimento sustentado.

O que se espera é que esta publicação da JBIC estimule outras organizações japonesas, inclusive do setor privado, para uma maior comunicação com a opinião pública brasileira e da América do Sul.



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