Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Analisa Relações Sino-Americana

21 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

20110122_DE_US.indd Muitos comentários estão sendo publicado na imprensa de todo o mundo sobre as atuais relações sino-americana, em função da visita de Estado do presidente Hu Jintao aos Estados Unidos. Como já são usuais, as mais judiciosas análises costumam ser publicadas pelo The Economist, possivelmente em função do seu distanciamento do palco das discussões e suas longa experiência em assuntos internacionais e asiáticas.

Todos sabem que os interesses dos dois países são divergentes e as dificuldades dos norte-americanos foram comparadas com a situação quando a extinta URSS conseguiu lançar o seu Spunik, em 1957, provocando uma forte reação dos Estados Unidos. As pesquisas espaciais foram aceleradas, conseguindo-se colocar os homens na Lua. O esforço exigido dos soviéticos para acompanharem os americanos ajudou a acelerar a dissolução do Leste.

Barack Obama já esteve sete vezes diretamente com Hu Jintao e só lhe resta continuar repetindo o que seria a reivindicação norte-americana. A valorização do câmbio chinês que continuará ocorrendo muito lentamente. Mencionou “candidamente” sobre os direitos humanos, ao que o presidente chinês respondeu com o princípio de não interferência aos assuntos internos. O comunicado conjunto aplaude a ascensão chinesa na estabilidade dos assuntos asiáticos, e ambos prometeram mais transparência nos assuntos militares. Tudo não passa de declarações diplomáticas.

Mas nos Estados Unidos não há um consenso, apesar do seu secretário de Energia, Steve Chu, declarar que a América sempre será conhecida pela construção, inovação, educação e fazer as coisas. No Senado, existem vozes que o país não está fazendo o que fez nos anos 1960s. Alguns entendem que há necessidade de protecionismo para fazer frente aos chineses, enquanto Barack Obama deseja investir em desenvolvimento limpo.

Alguns norte-americanos desejam um Estado menor, para reduzir a carga tributária. Um novo momento Sputnik precisa mudar a mentalidade norte-americana, segundo o The Economist. As mensagens dadas aos chineses e para os norte-americanos parecem mistas, não refletindo uma determinação, pois os Estados Unidos aumentaram, em muito, a sua dependência com relação aos chineses, não dispondo de poder para pressionar a China.



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