Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Corrida Armamentista na Ásia

14 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Política | Tags: , ,

wsj_logo Numa primeira cobertura de uma série envolvendo seus jornalistas Amol Sharma, de Nova Delhi, Jeremy Page, de Beijing, James Hookway, de Hanoi, e Rachel Pannett, de Camberra, o influente The Wall Street Journal relata a atual corrida armamentista que está ocorrendo na Ásia, com vizinhos reagindo às ações chinesas, com fartas ilustrações fotográficas. Informam que os indianos estão em plena produção de equipamentos militares acrescentando navios à sua marinha, inclusive submarinos. Um parlamentar indiano do partido situacionista, Ashwani Kumar, informa que a Índia não ficará aguardando para tomar medidas efetivas para salvaguarda de sua integridade territorial e seus interesses nacionais.

Da Arábia ao Oceano Pacífico, o aumento da importância econômica e militar da China e da região, e a consciência que os Estados Unidos parecem cada vez com menos dispostos a interferir na área, está provocando uma corrida armamentista. O Japão decidiu em dezembro último comprar navios, submarinos e aeronaves. Coreia e Vietnã estão ampliando o número de submarinos. A Malásia está aumentando a importação de armamentos. A Austrália planeja aumentar em US$ 279 bilhões os gastos com mesmos tipos de equipamentos nos próximos anos. No conjunto, os investimentos são os mais expressivos deste a época da Guerra Fria.

Parece que o balanço militar está mudando para se ajustar à econômica, com a China aumentando a sua importância enquanto os Estados Unidos e seu aliado Grã-Bretanha não podem voltar à importância que tinham no passado. A China não pretende desafiar o poderio dos norte-americanos, mas suas recentes ações estão provocando diferentes reações dos seus vizinhos para o futuro. Um documento elaborado por um think tank australiano, uma entidade que tem por finalidade efetuar estudos estratégicos, o aumento dos investimentos chineses no seu Exército está alterando a segurança do Pacífico do oeste como nunca depois da Segunda Guerra Mundial.

Os documentos oficiais de Washington informam que a área do Pacífico continuará merendo elevada atenção, e os chineses informam que seus investimentos são bem menores que dos norte-americanos, embora venha crescendo rapidamente, e não visem um determinado país.

O fato concreto é que muitos países da região estão ampliando os seus investimentos em segurança internacional, apesar de terem contado com o “guarda-chuva” norte-americano depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Cada país tem também problemas específicos que merecem atenção, principalmente nas suas fronteiras.

A Índia está ganhando importância econômica igualmente e todos os países da região possuem interesses estratégicos com a China, que quase sempre é seu parceiro comercial mais relevante. Todas estas informações merecem grande atenção, como o The Wall Street Journal está dando com muitos outros detalhes, que não podem ser tratados neste site.



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