Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Medidas Preventivas para Terremotos

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , ,

Ao longo da história existem registros de grandes terremotos que arrasaram cidades importantes como Tóquio, no Japão; São Francisco, nos Estados Unidos; e Lisboa, em Portugal. Neles, os incêndios que se seguiram foram importantes. Um interessante artigo foi publicado por John Schwartz, do The New York Times, publicado hoje no O Estado de S.Paulo. Ele reconhece que o Japão era um dos mais preparados, e registra a declaração de Ivan Wong, da URS Corporation, da Califórnia: “ainda estou em estado de choque”.

Todos sabem que o Japão, como a Califórnia, se localiza nas falhas onde as placas tectônicas se encontram, prevendo-se que haja grandes terremotos a qualquer momento. O Japão se preparou para o terremoto, mas todas as suas medidas preventivas somente tiveram a possibilidade de reduzir os prejuízos em vidas e patrimônio, principalmente com o tsunami. A Califórnia não conta com preparação equivalente.

Iwanuma, norte do  Japão. 11/03/2011. Foto: Kyodo News/APc7edaa20223f92a641b53e4146f13070size_380_nordeste-do-japao-apos-terremoto

O programa que está sendo preparado nos Estados Unidos está previsto para ser concluído em 2032. E o atual terremoto no Japão mostrou que não importa as barragens construídas. Ele informa que Irwin Redlener, diretor do Centro Nacional de Prevenção de Desastres da Universidade de Columbia, que estima grandes prejuízos nos Estados Unidos na eventualidade de um grande terremoto, admite que o máximo que se consegue é minimizar os danos.

Redlener admite que os Estados Unidos não estão preparados para grandes desastres. Craig Fugare, diretor do Serviço Federal de Gestão de Emergência, informa que os terremotos não ocorrem sem aviso prévio, e deve-se estar preparados. Todos esperam que os problemas japoneses forcem os norte-americanos a se prepararem mais mais seriamente.

Espera-se que a tecnologia japonesa de construção de grandes edifícios seja disseminada pelo mundo, pois se mostrou eficiente na absorção de intensos sismos, como foi tratado num outro artigo deste site. Mas as demais medidas preventivas ainda deixam a desejar, pois a natureza sempre é mais forte.

O sistema de defesa civil também precisa ser preparado. Os japoneses enviaram uma missão ao Brasil oferecendo assistência técnica gratuita para enfrentar inundações, que não foi aceita pelas autoridades estaduais e municipais de São Paulo. Não se pode desperdiçar oportunidades desta natureza, no mínimo para intercâmbio de experiências.

Todos necessitam transformar os problemas destas adversidades em lições para o futuro, pois, lamentavelmente, sempre estaremos sujeitos a desastres naturais.



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