Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Apresentações na Reunião do ASEAN

5 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: ,

A reunião que está se realizando em Hanói, no Vietnã, propicia a apresentação de diversos estudos, como os publicados no The Times of India, elaborados pelo ADB – Asian Development Bank e outras organizações, que mostram que a China e a Índia continuam liderando o desenvolvimento econômico do resto do mundo. A região acusou um crescimento de 8,3% em 2010, sendo que FMI prevê que a China deverá crescer 9,5% e a Índia cerca de 8% nos próximos dois anos. Enfrentam um problema de crescimento das pressões inflacionárias, principalmente dos alimentos e algumas matérias-primas básicas.

O aumento do preço do petróleo preocupa a todos, ao mesmo tempo em que os problemas ocorridos no Japão limitam o emprego da energia nuclear. Existem previsões de que as pressões inflacionárias continuarão neste e no próximo ano, decrescendo modestamente. Muitos entendimentos entre os países da Ásia continuam ocorrendo para estudar mecanismos para minorar os problemas pelos quais passam.

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Na Índia, o crescimento espantoso da classe média vai continuar sendo uma motivação para o crescimento econômico da Ásia até 2050 e, segundo o ADB, ela pode chegar a 70% da população indiana nos próximos 15 anos. A mudança estrutural na demanda que lá deve ocorrer pode ser mais importante que a da Europa, Japão e Estados Unidos.

Esta classe média asiática poderá ser um substituto para os consumos dos países desenvolvidos. Como ocorre na Europa, o comércio internacional intrarregional na Ásia deverá ser elevado, passando a depender menos da Europa e dos Estados Unidos. O crescimento da Índia, a terceira economia asiática, deverá se manter acima de 8% anual. O crescimento asiático deverá ser liderado pela China, Índia, Indonésia, Japão, Coreia, Malásia e Tailândia. No conjunto destes países, em 2050, a sua população deverá estar em 73%, e o PIB em 90% da Ásia. Sua renda per capita pelo PPP (purchasing power parity – paridade do poder de compra) deverá estar em US$ 45.800, 25% acima da média mundial.

A reunião em nível ministerial discute as formas pelas quais este desenvolvimento regional poderá se efetuar de forma sustentável. Além dos países do Sudeste Asiático, participam também os representantes da China, do Japão e da Coreia.



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