Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Competição Para Obter Gás Natural Liquefeito

24 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

A Reuters está divulgando uma análise informando que a disputa para assegurar o fornecimento estável de gás natural liquefeito (LNG) está se acirrando principalmente entre a Índia, o Japão e a China. Todos necessitam assegurar o abastecimento de variados tipos de fontes de energia para sustentar o seu desenvolvimento, principalmente quando algumas fontes, como a nuclear, sofrem maiores resistências por parte da população. Como envolvem elevados custos para o estabelecimento de uma infraestrutura para o abastecimento estável por longos períodos, as fontes regionais, como as do Oriente Médio e da Austrália, acabam sendo objeto de atenções.

Todos estão se apressando para estabelecer os entendimentos de longo prazo, pois há fortes indicações que nas próximas décadas estes abastecimentos se tornarão cruciais, implicando também em elevações dos seus custos. A Índia procura o suprimento no Qatar e na Austrália, segundo analistas internacionais, tentando antecipar-se ao Japão e a China, até porque não conta com muitas alternativas. No passado, esperavam preços mais convenientes, como no caso do petróleo, mas o mercado está ficando mais disputado.

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Os especialistas estimam que a economia indiana crescendo cerca de 8% ao ano necessitará em 2020 do dobro de LNG que consome atualmente, a China deve quintuplicar a sua demanda no mesmo período, e o Japão precisa compensar a sua queda de fornecimento de energia nuclear.

Os fornecimentos para a Índia apresentam problemas relacionados com seus vizinhos, como o Irã, Paquistão e Afeganistão, onde enfrentam dificuldades políticas. Eles necessitam também cerca de 20.000 quilômetros de gasodutos até 2020, quase o dobro do que possuem hoje. Está se esperando que os preços mais que dobrem os atuais. Eles estão concedendo prioridade do gás para a produção de fertilizantes.

Observando o que está ocorrendo na Ásia, o Brasil também necessita contar com uma estrutura para o melhor aproveitamento do gás que está associada à sua produção de petróleo que já está em marcha, mas complementando com o estabelecendo um programa para o seu uso prioritário.



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