Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Acirrada Competição de Gigantes Siderúrgicos

3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , ,

O jornal econômico japonês Nikkei informa que, apesar da ligeira redução do ritmo de crescimento da economia mundial, as gigantes siderurgias mundiais estão preparando seus planos de expansão. As japonesas Nippon Steel/Sumitomo Metal estão prosseguindo na sua fusão para outubro de 2012 com vistas à acirrada competição internacional. Poderá ampliar suas produções associadas com outros grupos no Brasil. As demais empresas japonesas, como a JFE e a Kobe Steel, estão aguardando para se posicionar nestes novos cenários.

A maior empresa siderúrgica do mundo, a AcelorMittal, de origem indiana, investirá US$ 2,2 bilhões para produzir mais minérios no Canadá, e efetuará uma aliança com a G Steel da Tailândia, ficando com 49,9% dela. Está se preparando para abastecer a Europa e o Sudeste Asiático. Seus projetos no Brasil estão em expansão.

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A China produziu em 2010 a impressionante marca de mais de 626 milhões de toneladas e, se houver uma redução significativa do seu crescimento interno, acabará inundando o mercado mundial de produtos siderúrgicos. A sua maior empresa é a Baosteel, que decidiu em maio último implantar uma nova unidade para produzir mais 10 milhões de toneladas, visando o mercado do Sul da China e o Sudeste Asiático. Ela já exporta 10% de sua produção e está disposta a dominar o mercado internacional.

Na Coreia, a gigantesca Posco está ampliando agressivamente a sua produção nos mercados emergentes. Está construindo simultaneamente três novas usinas na Índia. Está se associando com os indonésios para um ambicioso projeto que envolve o desenvolvimento de recursos naturais, como minério de ferro e carvão mineral.

Os norte-americanos e europeus se tornaram menos importantes neste cenário internacional, não possuindo condições para participar de uma competição acirrada. As empresas de menor porte de países como o Brasil necessitam estar associadas às gigantes mundiais para continuarem competitivas, tanto no mercado nacional como internacional.

Como estas indústrias são básicas e estratégicas, as autoridades precisam estar atentas às evoluções que devem ocorrer nas próximas décadas, inclusive com produtos de novas tecnologias, envolvendo ligas especiais. Os programas internos de infraestrutura envolvendo gigantescos programas como o do pré-sal, além de todo o sistema logístico que envolve os minerais brasileiros bem como os produtos agroindustriais e manufaturados, não podem ficar dependendo somente de empresas estrangeiras que não estão comprometidas com os planos nacionais.



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