Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artista Brasileiro Avalia Evolução do Ukiyo-e

25 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , ,

Marco Giannotti, artista plástico brasileiro que certamente visitou Quioto recentemente, publicou uma interessante avaliação que está no site do Estadão.com.br/cultura no domingo, 24 de julho. Ele se refere ao ukiyo-e, xilogravura japonesa que se tornou famosa no mundo, principalmente pelos trabalhos de sua última fase, como os de Hokusai e Hiroshige que ficaram famosos em todo o mundo, como as “Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji”. Eles retratam paisagens e faces como de famosos artistas do Kabuki, uma das formas tradicionais do teatro japonês.

No seu artigo, que tem como título “Tesouros ocultos”, faz um relato histórico do ukiyo-e desde o período conhecido como Edo, antigo nome de Tóquio, quando o Imperador ficava em Quioto, mas o poder de fato era exercido pelo Xogun, que desenvolveu a atual capital, com a ajuda da nascente classe comercial. Desde quando o Japão se fechou para os países ocidentais, mantendo somente a abertura em Deshima em Nagasaki aos holandeses, quando Hokusai estudou as técnicas utilizadas na Europa nas gravuras feitas com matrizes em madeira, nos séculos XVII e XVIII, usando técnicas como os que incorporaram o claro-escuro.

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Obras de Hokusai (acima) e Hiroshigue (abaixo)

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Houve um período em que aspectos artísticos do Oriente despertaram grande interesse na Europa, notadamente na França, influenciando os primeiros modernistas e impressionistas que deixaram registrados nos seus trabalhos provenientes do Japão principalmente. O autor se refere aos artistas como Manet, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse, mas podem ser encontrados em outros artistas importantes deste período. Segundo o autor, os trabalhos da fase final do Ukyo-e são vendidos hoje somente para os turistas estrangeiros.

Os colecionadores japoneses se interessam pelos trabalhos anteriores, como ainda podem ser encontrados em Quioto, em estabelecimentos hoje decadentes, como com alguns comerciantes com tradições quase centenárias, que passam por gerações de seus administradores.

O autor reconhece hoje as dificuldades em se manter as técnicas tradicionais, até pela popularização dos mangás que contam o interesse dos jovens e os que desenvolvem histórias em quadrinhos em todo mundo. No artigo, cita-se muitos brasileiros que se interessam pelo assunto, como pode ser constatado no:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110724/not_imp749083,0.php



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