Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Inovações Tecnológicas Entre os BRICs

20 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Todos admitem que as inovações tecnológicas sejam fundamentais para o desenvolvimento, e muitos indicadores são construídos para comparações entre países. A Índia, muito interessada no assunto, divulgou um índice com a colaboração do Insead, famoso instituto de administração da Europa e o WIPO – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, cujos resultados surpreendem, fazendo com que muitos duvidem de sua metodologia.

Informam que mais de 50 indicadores são utilizados agrupados nos do ambiente de inovação e os resultados obtidos, mostrando que o Brasil teria superado a Índia. Ainda que estes dados tenham melhorado no Brasil, duvida-se que já tenha superado a Índia, salvo em alguns setores determinados. Parece que as pesquisas relacionadas ao pré-sal estão melhorando os dados brasileiros, mas mesmo os especialistas nestas matérias ainda entendem que o Brasil encontra-se abaixo da Índia.

Os brasileiros admitem que os artigos científicos publicados nas revistas internacionais de prestígio vêm aumentando, mostrando que a produção acadêmica está melhorando. Algumas grandes empresas como a Petrobras estão estimulando as pesquisas que necessitam para enfrentarem desafios como os do pré-sal.

Mas o conjunto das empresas brasileiras, incluindo as estrangeiras que estão instaladas no Brasil, não conta ainda com centros para provocar pesquisas que resultem em inovações, no volume desejado. Existem desafios como o do aproveitamento da biodiversidade, dos minérios que são abundantes, bem como as novas frentes para conhecimento da plataforma marítima, com as espécies de algas e moluscos que podem ser aproveitados para variadas finalidades. Eles ainda estão sendo arranhados, apesar das pesquisas estimuladas pelas universidades e pelos órgãos de fomento da pesquisa.

As empresas ainda se concentram na utilização de tecnologias desenvolvidas no exterior, sendo limitadas as inovações que estão sendo produzidas no Brasil. Tudo indica que os ambientes para estes pesquisadores e o número deles estão começando a melhorar, até porque há uma crise internacional, e muitos estão retornando. Mas ainda estão em patamares insuficientes se considerada a dimensão da economia brasileira e suas pretensões para o desenvolvimento.

De qualquer forma, sente-se que em diversos setores não se está estagnado, havendo movimentações e interesses que podem melhorar o quadro, de forma a poder aproximar-se da China e da Índia que são também emergentes e estão acelerando suas pesquisas.

Ainda que as notícias sejam alvissareiras, é preciso ser bastante objetivo havendo uma elevada capacidade operacional para transformar os desejos em realidades.



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