Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Quatro Países Candidatos ao Conselho de Segurança da ONU

4 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , ,

O Japão, a Alemanha, a Índia e o Brasil assinaram um pedido conjunto ao atual presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Joseph Deiss, solicitando a aceleração das negociações para a reforma com aumento dos membros permanentes, bem como não permanentes do Conselho de Segurança, segundo notícias da NHK – televisão estatal do Japão.

Há um razoável consenso que estes países, dois derrotados na Segunda Guerra Mundial e dois emergentes importantes que ainda não fazem parte do Conselho de Segurança, pois dos componentes do grupo chamado BRICs, a China e a Rússia já são membros permanentes, devem integrar o Conselho com direitos de vetos. O Conselho de Segurança é que se reúne quando problemas importantes no mundo necessitam contar com a participação da ONU.

Bandeira do Brasilbandeira do japaobandeira da alemanhabandeira-de-india-thumb287031

Esta reforma ainda não se efetuou porque a China vem se opondo ao ingresso do Japão neste Conselho de Segurança, e a maioria dos países entende que devem ter prioridade para tanto junto com a Alemanha, que são nações importantes do ponto de vista político como econômico.

A recente onda vem admitindo que os países emergentes, principalmente os componentes do BRICs, devem aumentar a sua participação nos organismos internacionais, que também acaba importando em responsabilidades mundiais. O Brasil já vem assumindo parte destas responsabilidades como no Haiti e no Timor Leste, enviando militares e outros recursos humanos para a reconstrução destes países que sofreram com guerra externas ou internas, ou assumindo a direção da FAO.

Nas eventuais crises regionais, como na América do Sul ou até nos países africanos de língua portuguesa, o Brasil vem desempenhando diversas missões como um dos mais respeitados negociadores, contribuindo de forma decisiva para a manutenção da paz. Vem adotando a sua tradicional política externa, de forma que as diferenças de posições sejam resolvidas por entendimentos diplomáticos, sem a necessidade de recorrer aos poderes militares.

Toda esta nova tendência vem evitando a polarização mundial que existiram no passado, pois a realidade internacional está mais equilibrada, com a redução da importância dos Estados Unidos, e com a ascensão da China que acabou com a polarização que havia com a Rússia e o bloco dos países seus aliados no Leste. A chamada guerra fria não mais existe, com uma diversificação maior dos poderes econômico, político e militar. O que se espera é que estas negociações para a reforma das Nações Unidas, ajustando-se a nova realidade mundial, tenham uma decisão mais rápida.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: