Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Novas Perspectivas de Fontes Adicionais de Energia

4 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , ,

Os preços atuais do petróleo estão estimulando muitas novas iniciativas em diversas regiões do mundo para a produção de energia. Dois que não vinham sendo muito noticiados estão se destacando atualmente. O primeiro é o xisto betuminoso, com reservas novas de grandes dimensões nos Estados Unidos, como noticiado pela Reuters, atraindo grandes empresas que trabalham tradicionalmente com petróleo, cuja produção vem se reduzindo naquele país. Decorrem também do empenho governamental norte-americano para atingirem autosuficiência energética como uma questão de segurança nacional. O xisto nos Estados Unidos revela-se altamente interessante do ponto de vista econômico. O Brasil também dispõe de algumas pequenas reservas de xisto, mas suas explorações não se revelam atrativas economicamente.

Outra fonte que se revela com elevadíssimo potencial no Brasil é o gás natural, que vem se revelando abundante em diversas regiões, não somente no pré-sal. Muitos investimentos já foram feitos na infraestrutura de gasodutos, havendo a possibilidade de siderurgias altamente competitivas utilizando o gás, inclusive em escala internacional. A sua exploração deve aumentar também no exterior.

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Xisto betuminoso e o maior gasoduto da Petrobras nos últimos dez anos

Nos Estados Unidos o xisto betuminoso localiza-se em regiões que exigem pouco transporte, mas ainda levantam alguns problemas de preservação do meio ambiente, que estão sendo resolvidos.

No que se refere ao gás no Brasil, além de estar se consolidando uma infraestrutura nacional de gasodutos, está se localizando grandes reservas em muitas regiões do país, além do que vem associado ao petróleo no pré-sal.

A Vale, que vem colaborando com a Petrobras em diversos projetos de grande interesse nacional, mostra-se altamente interessada na produção siderúrgica, tirando partido destas elevadas disponibilidades de gás que seriam suficientes para utilização em outras finalidades.

Cogita-se de siderurgias de grandes dimensões, não somente para abastecer o mercado interno como para serem extremamente competitivas em custos, quando voltadas para o mercado externo, pelos estudos já disponíveis.

Comenta-se que a matriz energética brasileira poderá sofrer uma grande evolução nas próximas décadas, ampliando a produção de energias não poluentes. Tudo isto revela que os preços funcionam, provocando o surgimento de fontes insuspeitadas de energia, criando perspectivas que não estavam sendo cogitadas até o presente.



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