Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Quase Um Tratado Sobre as Relações Nipo-Americanas

8 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Michael Hoffman, autor do livro “Little Pieces: This Side of Japan”, escreveu um artigo publicado no The Japan Times que descreve a evolução das relações do Japão com os Estados Unidos, desde que elas começaram há mais de século e meio. Herman Melville, de Masssachusetts, embarcou no navio caça-baleia Acushnet em 1841, que atuava próximo ao Japão naquela época. Manjiro de Shikoku e quatro outros companheiros acabaram sendo resgatado no mar e ele, Manjiro, acabou sendo adotado por Melville, recebendo também o nome de John.

O famoso comandante Matthew Perry levou a carta do presidente Millard Fillmore ao Imperador Komei em 1854, acabando por ser imortalizado na ópera Madame Butterfly, no famoso Navio Negro, retratado por Utagawa Hiroshige. John Manjiro acabou servindo como intérprete entre ambos os países.

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Gravura de Hiroshigue, comandante Perry e John Manjiro, publicadas no The Japan Times

Em 1860, uma delegação japonesa de 77 membros viajou pelos Estados Unidos, tendo John Manjiro como intérprete chefe, já depois da Revolução Meiji, que procurava uma abertura para o exterior, depois de um longo período de isolamento, quando o Japão só mantinha relações com a Holanda.

O autor cita a contribuição de Lafcardio Hearn, nascido na Grécia, mas que era cidadão inglês, nas relações entre ambos os países. Mas houve também figuras americanas que ressaltavam os aspectos negativos do intercâmbio com o Japão. A imigração japonesa para os Estados Unidos começou em 1906, e muitos se referiam ao “perigo amarelo”. Em 1924, ela foi suspensa.

O brasileiro Oliveira Lima, que escreveu um livro sobre o Japão em 1903, previu num artigo escrito em torno de 1920 que seria inevitável uma Guerra no Pacífico entre os dois países. Em 1941, o almirante Isoroku Yamamoto comandou o ataque a Perl Harbor, no Havaí. Em 1945, com a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, depois dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, o Japão passa a ser ocupado pelas forças americanas até 1952.

Em 1949, Shigeru Yoshida assume como primeiro-ministro, e ajudado pelo Plano Marshall começa a recuperação do Japão do ponto de vista econômico, no qual o Brasil também colaborou. Provocaram o milagre econômico da década dos sessenta. Depois das crises petrolíferas, a partir de 1990 a economia japonesa entra num período de baixo crescimento.

Os altos e baixos desta relação bilateral do Japão com os Estados Unidos estão resumidos no artigo de Michael Hoffman.



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