Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Desastres Naturais no Japão

22 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Este site vem procurando evitar notícias desagradáveis sobre os desastres naturais no Japão, que pouco contribuem para a formação de um clima positivo no relacionamento da Ásia com a América do Sul. Mas, para ser realista, não se pode ignorar as dificuldades que todos enfrentam na Ásia, que tem sido atingida de forma impiedosa por estes desastres que são frequentes. Todos os veículos de comunicação social noticiam com intensidade os repetidos terremotos, inundações e os tufões que costumam atingir a região todos os anos nesta época, e que afetam a vida de cada um, não somente das vítimas e seus parentes.

Lamentavelmente, o atual tufão Roke atingiu o Japão de forma intensa, provocando dezenas de vítimas fatais, entre elas uma brasileira de nome Erica Inomatsa, de 34 anos. Além de muitos desaparecidos e centenas de feridos. Aos seus familiares, as palavras de consolo. Por que isto estaria acontecendo com maior intensidade?

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Inicialmente, é preciso entender que na Ásia, e particularmente no Japão, ocorrem os encontros de muitas importantes placas tectônicas do mundo, que estão sendo pressionadas, provocando inúmeros terremotos de variadas intensidades, que devem se prolongar por um longo tempo, segundo os especialistas. É preciso aprender a conviver com estes inconvenientes, sabendo-se que as construções japonesas foram construídas para evitar maiores danos.

A defesa civil no Japão encontra-se entre as mais avançadas do mundo, tanto para informações prévias para a população, quando possível, como eficiência no socorro das vítimas.

Em caso de tufões, também acontece algo semelhante, e os seus possíveis rumos bem como as intensidades são comunicados pelos meios de comunicação social, de forma que precauções sejam tomadas. No entanto, sempre existem fatores que não podem ser precisos, como no caso deste Roke. Na realidade, houve dois tufões próximos, fazendo com que o primeiro acabasse sendo atraído pelo segundo, mais intenso, fazendo com que a sua evolução natural em direção ao Norte provocasse um retorno, num movimento inesperado.

Isto acabou provocando uma intensidade inusitada de chuvas no seu entorno, com ventos fortes como costumam acontecer. Os orientais possuem uma cultura do chamado “carma” com estes fenômenos inevitáveis, aceitando estas fatalidades de forma mais estoica que os ocidentais, ainda que sejam lamentáveis.

No fundo, há que se aceitar que estes fenômenos naturais são mais fortes que os seres humanos, ainda que muitos esforços venham sendo feitos para que seus danos sejam minimizados. Ensinam-nos a termos um pouco mais de humildade, deixando um pouco da arrogância de que muitos são possuídos.



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