Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ampliações das Siderurgias Japonesas no Brasil

5 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O jornal econômico japonês Nikkei publica hoje um artigo fazendo considerações sobre a fusão da Nippon Steel com a Sumitomo Metal, e ampliações de suas atividades no Brasil, um país rico em recursos naturais. A Sumitomo Metal, como já postado neste site, está ampliando suas atividades em Minas Gerais, junto com a francesa Valleurec para a fabricação de tubos de boa qualidade, tanto para atendimento do mercado interno como para a exportação. A Nippon Steel, que participa da Usiminas, está enfrentando o assédio da CSN, mas procura manter a sua influência pensando nas expansões futuras. Ambas pensam na melhoria da tecnologia utilizada no Brasil.

O artigo do Nikkei fala da demanda de tubos de boa qualidade para o atendimento do pré-sal. A parte relacionada à produção de aço efetua-se com carvão utilizando reflorestamento de eucaliptos. Os dados estatísticos constantes do artigo mostram que a produção de petróleo continua num crescimento firme no Brasil, podendo se acelerar com o pré-sal, demandando maior quantidade de tubos de boa qualidade.

grafico nippon

Gráfico publicado no Jornal Nikkei

Apesar dos problemas que estão sendo enfrentados no mundo, o artigo apresenta uma série de declarações de dirigentes japoneses mostrando-se otimistas sobre as evoluções das siderurgias no Brasil, principalmente para produtos de elevada qualidade.

Espera-se que a questão da Usiminas seja resolvida de forma adequada, pois a Nippon Steel parece ter uma estratégia mundial clara, considerando o Brasil como relevante para a expansão de suas atividades, que apresentam dificuldades no Japão.

Novas iniciativas poderão ser decididas procurando tirar o máximo proveito dos recursos naturais disponíveis no Brasil, dentro do plano governamental de prazo mais longo. As competitividades brasileiras deverão ser aproveitadas, tanto para atender as demandas internas como ampliar as exportações com a agregação de valores, ou seja, com estágios mais avançados de industrialização.

Os japoneses dispõem de tecnologias para tanto, e a junção das condições existentes nos dois países podem voltar a estabelecer parcerias bilaterais como as que já foram importantes no passado. Desde que haja projetos de qualidade, mesmo com um crescimento menos rápido da economia mundial, existem oportunidades para serem aproveitadas.

Todos os participantes destas alternativas parecem conscientes das condições atuais, procurando utilizar os seus ativos acumulados ao longo do tempo, quer seja de recursos humanos, tecnológicos ou financeiros, bem como seus profundos conhecimentos do mercado.

Como são projetos de indústrias básicas, envolvendo profundos estudos e implementações ao longo de muitos anos, a visão das próximas décadas acaba sendo importante, e as perspectivas existentes com relação ao Brasil parecem as melhores, mesmo quando comparadas com as da China e da Índia.



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