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Cientista Japonês Apresenta o Primeiro Robô Que Pensa

13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

O professor associado do Instituto de Tecnologia de Tóquio, Osamu Hasegawa, apresentou o primeiro robô no mundo que pensa, segundo o artigo publicado por Hiroshi Hiyama no jornal Japan Today de hoje. O Self-Organizing Network Incremental Neural (SOINN) é um algoritmo que permite o robô usar o seu conhecimento. Ele age como os seres humanos, apreendendo com a experiência e permite resolver problemas novos, parecendo ficção científica. O cientista está trabalhando para torná-lo capaz de executar tarefas para os quais não foi programado, e produzir bens que nunca viu antes.

O cientista concedeu uma entrevista à agência noticiosa AFP e o seu projeto examina o ambiente e coleta as informações que necessita para organizar as informações dadas, com um conjunto coerente de instruções. Dada uma ordem como “sirva água”, sem programas especiais para tanto, o robô atende às ordens. A máquina armazena informações que aprende para uso em tarefas futuras.

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Num outro experimento, esta máquina foi utilizada para buscar informações na Internet sobre o que parece com algo, ou que uma determinada palavra pode significar. O cientista Osamu Hasegawa e sua equipe estão tentando mesclar essas habilidades e criar uma máquina que pode trabalhar para executar uma determinada tarefa por meio de pesquisa online.

Como os seres humanos, esta máquina pode filtrar ruídos ou informações insignificantes que possam confundir outros robôs. O processo é semelhante a uma conversa com um companheiro de viagem num trem, e ignorar os que os rodeiam, ou identificar um objeto sob uma iluminação diferente e de vários ângulos.

O cérebro humano faz isto automaticamente, sem que percebamos tudo que estamos fazendo, afirma o cientista. Também a máquina é capaz de filtrar os resultados irrelevantes como os da Internet, podendo ser conectado diretamente a ela. Um uso imaginado é controlar os semáforos para aliviar o engarrafamento, organizando os dados dos monitores públicos e os relatórios de acidentes.

O robô também está sendo cogitado para possíveis usos na detecção de terremotos, agregando informações de diversos sensores localizados em todo o Japão, identificando os movimentos que possam ser significativos.

O robô poderá ser utilizado num ambiente doméstico, e poderia ser inestimável para uma casa ocupada. Podemos pedir para trazer um molho de soja, e ele navegar pela Internet para saber o que isto significa, e identificá-lo na cozinha. O professor Osamu Hasegawa adverte o que pode ser ensinado para estes robôs, pois podem voltar contra os humanos, como na ficção científica.

Uma faca pode ser coisa útil na cozinha, mas pode ser também uma arma, adverte o cientista. Ele informa que sua equipe só tem intenções benignas, mas ele deseja que as pessoas tenham consciência dos seus limites morais. Ele mesmo está impressionado com a velocidade do seu uso, e informa a necessidade de consciência do uso deste tipo de tecnologia


2 Comentários para “Cientista Japonês Apresenta o Primeiro Robô Que Pensa”

  1. João Baptista Goulart Lopes de Almeida
    1  escreveu às 15:13 em 14 de outubro de 2011:

    Caro Sr Paulo ,gostaria de não só saber de notícias,mas de saber sua opinião apolítica sobre todos esses fatos.
    Obrigado João.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 16:05 em 14 de outubro de 2011:

    Caro João Baptista,

    Como colocou o cientista que desenvolveu este robô, é preciso uma consideração moral, a ser discutido por muitos segmentos da coletividade. Estes, como outros instrumentos que podem beneficiar os seres humanos, podem ser utilizados para prejudicá-los, dependendo de que está no seu comando, ou seja, de que informações podem ser colocados à disposição deles. O que era discutido no science fiction virou realidade, e temos que enfrentar estes dilemas, como muitos outros que foram enfrentados pela humanidade. Apesar de muitos pesares, acredito nos seres humanos, e penso que devemos continuar a progredir, aprendendo a conviver inclusive com nossas fraquezas e limitações.

    Paulo Yokota


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