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Encerramento do Pavilhão da China na Expo Shanghai

10 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A Expo Shanghai 2010 foi um evento internacional que vai ficar na memória de muitos milhões de visitantes pela sua dimensão, participação de muitos países e riqueza de muitas apresentações. O Pavilhão da China foi especialmente esmerado e, para se conseguir ingressar no mesmo, havia necessidade de reservas com meses de antecedência, mesmo para as autoridades de outros países. Depois dos seus seis meses na Expo, o Pavilhão da China teve o seu funcionamento prorrogado por duas vezes, para atender o público local. Seu encerramento definitivo ocorreu em 9 de outubro último, depois de receber 17,5 milhões de visitantes.

Sua atração principal foi uma versão animada da antiga pintura de nome “Riverside Scene at Qinqming Festival”, como se fora uma rápida viagem de trem pelo desenvolvimento urbano da China, e a carruagem de bronze com cavalos esculpidos ao longo do exército de terracota, que é da época da Dinastia Qin (221-206 AC), que foi descoberta em Xian, a antiga capital chinesa. Tive a oportunidade pessoal de ver esta carruagem em Xian, ao lado das escavações, e posso assegurar que é mais impressionante que o exército de terracota que se destaca pela quantidade, com a fisionomia diferenciada de cada soldado.

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O governo chinês gastou US$ 314 milhões para construir este Pavilhão, e a notícia sobre o seu encerramento está acompanhada pelos depoimentos de muitos que lá trabalharam por quase dois anos. Muitos visitantes também registram suas impressões, lamentando ter que se despedir dele e suas apresentações.

Estes mecanismos das Expos internacionais são custosos e promovem o que há de melhor em cada país. Não são comerciais, mas de conteúdo cultural e muitos países se sentem orgulhosos por promovê-los, evento que se equipara as Olimpíadas ou Copa do Mundo, e os pavilhões de muitos países procuravam atrair os turistas chineses e do exterior para as maravilhas existentes em cada um deles.

O governo brasileiro adota a decisão de não utilizar recursos públicos para tanto, deixando que a iniciativa privada se encarregue da sua montagem como funcionamento, com o patrocínio de empresas que exportam para o mundo. Mas seria interessante que aspectos mais culturais e turísticos fossem incrementados.



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