Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Instabilidades do Mercado Financeiro Mundial

24 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O consagrado jornal econômico de influência mundial, The Wall Street Journal, publicou uma extensa matéria sobre o comportamento maníaco depressivo do mercado financeiro, assunto sobre o qual estão mais que habilitados a noticiarem. Existem alguns aspectos que mostram que medidas mais realistas estão sendo adotadas e que podem criar uma perspectiva de prazo mais longa, que não seria necessariamente pessimista.

Noticia-se, em diversos jornais, sobre os fortes terremotos que foram registrados na Turquia, um dos países europeus que vêm registrando um comportamento razoável como um dos países emergentes mais promissores. Vendo o que ocorreu no Japão, constata-se que os programas de reconstrução acabam estimulando a economia, mesmo com o elevado endividamento. O esforço acaba sendo um desafio a ser enfrentando, galvanizando as energias de um povo no esforço pela superação do que foi destruído.

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Muitos jornais publicam notícias que volumosos recursos europeus estão sendo mobilizados para reforçar o sistema bancário para as dificuldades existentes. Mesmo com a possibilidade de a dívida externa grega ser reestruturada com o perdão de cerca de 60%, as autoridades estão determinadas no sentido de evitar um colapso dos bancos, como o que já ocorreu no passado.

A política norte-americana, ainda que gerando dificuldades cambiais para diversos outros países, acaba aumentando suas exportações e reduzindo suas importações, provocando um forte fluxo de recursos para o exterior, e desvalorizando o dólar. Isto significa que o salário real dos norte-americanos está sendo desvalorizado, criando a possibilidade de estancar a queda do seu emprego.

É evidente que as dificuldades políticas são imensas, mas se efetuam esforços para a obtenção de acordos comerciais, como os de livre comércio entre importantes blocos de países, como a da Bacia do Pacífico. Os países que não ativam seus relacionamentos regionais e bilaterais com mecanismos de facilitação do comércio podem acabar enfrentando dificuldades, pois até nas Américas, além dos Estados Unidos e Canadá, o México, o Peru e o Chile estão ativos nestes entendimentos.

Notam-se que os fluxos de passageiros internacionais para a Ásia continuam fortes, com a maioria das companhias aéreas sem disponibilidade de vagas. Mostram que o mundo procura estabelecer vínculos comerciais e econômicos com as economias que conseguem manter a sua dinâmica, incorporando novos contingentes de consumidores, com a ascensão de sua classe média, como vem fazendo o Brasil.

Muitas pesquisas tecnológicas continuam em andamento, não só nos produtos eletrônicos e de comunicações, como nos setores básicos da economia, as das indústrias pesadas, além de fortes avanços no aumento da produtividade agropecuária. Novos contingentes de populações estão sendo incorporados no mercado, como os femininos, não somente para funções elementares como de elevado nível de preparo dos recursos humanos.

Os sistemas de preparo dos recursos humanos, inclusive para atuação eficiente nos mercados globalizados, estão incorporando novas culturas.

Tudo isto é motivo para se acreditar que existem perspectivas otimistas para o longo prazo, não havendo necessidade de uma esquizofrenia de curto prazo, com as programações dos computadores para exagerados movimentos de violentas flutuações.



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