Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Redução do Crescimento da China e Outros Emergentes

2 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

A maioria dos analistas admite que no atual mundo globalizado que passa por uma crise, e a economia como a chinesa passou a ocupar uma posição de destaque, mais que a norte-americana ou a europeia que continuam patinando. O que acontece na China acaba afetando a todos os países. Num artigo divulgado pelo Project Syndicate, Stephen S. Roach, professor da Universidade de Yale, presidente não executivo da Morgan Stanley na Ásia e especialista na China, explica por que acredita que aquela economia terá uma redução de crescimento de forma gradual e não rápida.

Todos desejam que a China cresça mais devagar, pois estava substituindo rapidamente as produções e empregos de outros países, mas todos temem uma redução muito drástica, pois também são seus fornecedores. Já há sinais evidentes da redução do seu ritmo de crescimento, mas o que acontece hoje é diferente, segundo o autor, do que ocorreu em 2008 com a paralisação quase instantânea do sistema financeiro internacional. Para sair da crise, a China investiu maciçamente utilizando seus bancos, bem como fazendo investimentos imobiliários.

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Segundo o autor, a inadimplência suportada pelos bancos não é tão preocupante, as cidades fantasmas que restaram da forte imigração rural/urbana voltam a ser aproveitadas para outras finalidades, e os depósitos dos bancos chineses são volumosos com relação aos débitos irregulares, segundo pesquisas efetuadas, acima do período pré-crise.

O governo chinês já reduziu o excessivo aquecimento do setor imobiliário há um ano e meio passado, havendo somente pequenos ajustes a serem efetuados. A inflação é sempre um risco na China, mas já está sendo controlada e em queda, diante das restrições monetárias criadas. Como os preços dos alimentos subiram, o governo tomou medidas para a expansão da agricultura daquele país.

Como a China não pode crescer acima dos 10% ao ano com as dificuldades no resto do mundo, a redução do seu ritmo de crescimento que já está sendo registrado deve ser uma boa notícia, segundo o autor. A economia chinesa percebeu que não pode continuar crescendo liderado pelas suas exportações, e não tem alternativa ao crescimento de longo prazo aumentando o seu próprio consumo, o que já está previsto no seu atual plano quinquenal.

É algo semelhante com o que aconteceu há 30 anos, quando iniciou a sua reforma econômica. A aterrissagem suave que está realizando é uma nova oportunidade para avançar de forma mais equilibrada, segundo o autor.

Algo semelhante está acontecendo também na Índia como no Brasil, que estão considerando a expansão do mercado interno o móvel para a continuidade do seu crescimento, ainda que em ritmo mais baixo. Muitas das limitações que estão encontrando, tanto externo como de infraestrutura interna, acabam alterando as prioridades, para suavizar o impacto das dificuldades provenientes do exterior.



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