Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Emergentes do Leste Asiático Continuarão Crescendo

6 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

adb-bankAinda que nenhuma previsão do futuro da economia seja muito precisa, principalmente no mundo atual que enfrenta terríveis dificuldades como neste final do ano, a feita pelo ADB – Asian Development Bank para o Leste Asiático para 2012 aparenta ser razoável, podendo crescer 7,2%, com ligeiro decréscimo com o esperado 7,5% neste ano. O Leste Asiático definido pelo ADB compreende Brunei, Camboja, China, Hong Kong, Taiwan, Tailândia e Vietnã. Com isto, espera-se que seja uma das regiões que continuará apresentando um crescimento acima da média mundial, ajudando o resto da economia internacional.

Evidentemente, a recessão no mundo desenvolvido, o crescente protecionismo e a restrição do financiamento do comércio internacional, a persistente pressão inflacionária, as flutuações nos fluxos financeiros podem acabar enfraquecendo ainda mais as economias. Estas informações foram fornecidas pela Dow Jones e publicadas no Nikkei. Mesmo que estes impactos sejam aguardados, espera-se que sejam manejáveis, de forma semelhante com o que acontece em algumas economias como a brasileira.

asia-map

O ADB considera três principais riscos no cenário atual: que a zona do euro entre em recessão; que a zona do euro e os Estados Unidos contraiam suas economias; e que nova crise global ocorra. No primeiro cenário, este Leste Asiático perderia 1,1% do seu crescimento; no segundo, 1,3%, e no último, 1,8%. Mesmo assim, o seu crescimento continua expressivo.

Eles consideram que o comércio intrarregional e a integração financeira ajudam a sustentar a demanda local. As autoridades monetárias locais estão preparadas para coordenar suas políticas, bem como seus orçamentos estão considerando a necessidade de medidas fiscais de estímulo.

Eles esperam que este crescimento continue a provocar um influxo de recursos externos, mas também examinam a possibilidade de sua redução, considerando as aversões aos riscos.

Observa-se que em muitos países e regiões, as autoridades estão hoje mais preparadas que nas crises anteriores para minimizarem seus impactos locais, mesmo com algumas limitações. Tudo isto permite considerar que, mesmo com a desaceleração de muitas economias, seus efeitos serão menores, não provocando problemas sistêmicos em todo o mundo.

O mundo emergente parece ter adquirido uma importância maior e suas autoridades adquiriram a consciência que necessitam tomar medidas responsáveis, não permitindo que o quadro geral se agrave, até o ponto que está atingindo as economias desenvolvidas.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: