Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Empresas Japonesas Alugam Navios para a Petrobrás

19 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O jornal econômico Nikkei divulgou que as empresas japonesas Mitsui & Co., Nippon Yusen KK e a Kawasaki Kisen Kaisha fretará para a Petrobras um navio de grande porte para perfuração no pré-sal a partir de fevereiro próximo, por um prazo de 20 anos. O navio será operado pela Etesco Driling Services LLC, uma joint venture formada pelas três empresas japonesas mais uma empresa brasileira e outra norte-americana, utilizando um navio de 218 metros, construído pela Samsung Heavy Industries, que poderá operar no mar com lâmina de água até 3.000 metros, atingindo até um total 12.000 metros com suas perfurações. Elas esperam adquirir experiências adicionais em explorações offshore de elevada profundidade.

As despesas totais, incluindo a construção do navio, foram estimadas em US$ 820 milhões, ou seja, 64 bilhões de ienes. Todas estas empresas são tradicionais na navegação marítima, mas tudo indica que este navio deverá ficar estacionado como uma plataforma.

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No passado, tais embarcações eram produzidos pelos estaleiros japoneses, mas a operação mostra que os coreanos, como nos últimos anos, possuem tecnologia e preços competitivos internacionalmente.

A exploração do pré-sal brasileiro deverá exigir muitos destes tipos de equipamentos, e tudo indica que muitos deles acabarão sendo produzidos parcialmente, paulatinamente, no Brasil utilizando tecnologias de empresas estrangeiras. A Petrobras informou recentemente que cerca de 70% dos equipamentos que utiliza já contam com produção nacional.

As perspectivas atuais são de novas explorações no pré-sal e muitas empresas petrolíferas aguardam que novos lotes sejam leiloados, para continuidade de suas pesquisas, desde o Litoral Norte até o Sul, chegando próximo a Malvinas, na Argentina.

Já existem, também, pesquisas que já localizaram petróleo e gás no litoral africano, na região que se estende desde a Nigéria até a Angola, que corresponde, a grosso modo, ao litoral brasileiro. A acumulação de experiências em todo o Atlântico vai acabar sendo estratégico para novas explorações semelhantes.



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