Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Bunge Ampliando Seus Investimentos em Agronegócios

26 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Como é do conhecimento de muitos, a Bunge é uma das poucas gigantes mundiais na área de commodities agrícolas, tendo originado na Holanda em 1818. Mas, já em 1884, mudou-se para a Argentina e começou a operar no Brasil em 1905, ficando conhecida como a Moinho Santista. Suas atividades se estenderam para todos os ramos do agronegócio, desde fertilizantes como muitos óleos comestíveis. Hoje, está comandada mundialmente pelo brasileiro Alberto Weisser, que concedeu uma entrevista para o Valor Econômico em Davos, para informar sobre os seus planos para 2012 e anos seguintes.

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Alberto Weisser

Ele revelou na entrevista concedida a Assis Moreira que a Bunge irá investir US$ 1 bilhão em 2012 em todo o mundo, estando numa situação privilegiada. No Brasil, continuará ampliando o setor energético, dentro do plano de aportes de US$ 2,5 bilhões até 2017.

Ele revelou que as margens da Bunge, por exemplo, nos negócios de milho chegam a 5%, e tem sido boa na maioria das commodities agrícolas como a soja. O mercado mundial continua se ampliando, com preços compensadores, havendo uma ampliação da produção como do consumo.

No caso brasileiro, o carro-chefe continua sendo a soja que, mesmo com a redução do crescimento econômico mundial, continua com os preços elevados. As informações mais recentes, como as de Chicago, dizem que as altas continuam se verificando, mas as flutuações devem continuar a predominar nos próximos anos, até atingir uma razoável estabilização no futuro.

Junto com poucos concorrentes de porte, todos centenários, possui uma experiência de atuação em todo o mundo, que não permite com que novos concorrentes, como os japoneses, venham a ocupar uma posição de destaque, mesmo sendo grandes consumidores destes produtos.

Os chineses também estão ampliando, tanto as suas produções internas como os abastecimentos provenientes do exterior, cogitando inclusive de novas áreas como na África. Mas as empresas tradicionais, como a Bunge, devem continuar com a liderança mundial, pois estão solidamente firmadas não só nos insumos agropecuários como nos produtos alimentícios que utilizam estas matérias-primas.

Com as vantagens que já conquistaram ao longo de mais de um século, dificilmente serão ameaçadas por empresas que pretendem ampliar a sua presença neste mercado volumoso e sofisticado, onde os diferenciais de gestão são impressionantes. A elevada rentabilidade que possuem permite que parte substancial dos seus investimentos seja feita com recursos próprios, pouco dependendo do mercado financeiro, inclusive de capitais.



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