Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Revolução de Conectividade na China

27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

imagesCAEEBIGCStephen S. Roach, da Universidade de Yale, é considerado um dos maiores conhecedores da China e vem escrevendo muitos artigos sobre aquele país. Agora, divulga por intermédio do Project Syndicate um artigo informando sobre a revolução de conectividade que está ocorrendo naquele país, que sempre enfrentou problemas de fragmentação e comunicação, diante das muitas etnias, idiomas e diferenças geográficas regionais.

A internet que vem provocando mudanças em todo o mundo está se expandindo rapidamente pela China, segundo o autor, introduzindo mudanças nos relacionamentos sociais e até no sistema político. Isto parece um processo irreversível. De acordo com os dados da Internet World Stats, o número dos chineses utilizando a internet triplicou desde 2006, passando para 485 milhões de usuários em meados de 2011. Ainda está baixo, em torno de 36% de sua população, quando na Coreia, no Japão e nos Estados Unidos chegam a 80%.

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O autor estima que, com a queda dos preços da internet na China, o número de usuários deve superar os dos PC até 2013, devendo chegar a 50% da população em 2015. Isto representaria adicionar mais de três quartos de todos os usuários atuais dos Estados Unidos. Segundo as informações disponíveis, os chineses ficam ligados 2,6 horas por dia na internet, mais do que o tempo que ficam ligados na TV.

Muitos participam das redes sociais e cerca de 70% de alguma forma de microblog, e prevê-se o seu potencial para a ampliação da sociedade de consumo. Como o governo chinês está empenhado no crescimento do mercado interno, tudo leva a crer que deve ajudar na perseguição do que chamam de “sociedade harmoniosa”, reduzindo as desigualdades dentro do país.

O autor considera, também, a importância que a internet teve na Primavera Árabe, utilizando as redes para a mobilização popular. A China não é uma exceção e já foram utilizados como no terremoto de Sichuan em 2008, na violência étnica em Xinjiang em 2009 e no acidente ferroviário de Wenzhou em 2011, segundo o autor. Ainda que existam problemas como o da censura, não se pode negar que os usuários acabam encontrando formas para a sua superação.

Segundo o autor, o que vai acontecer no futuro é difícil de prever, mesmo com as restrições hoje existentes na China. Mas o ritmo em que vem ocorrendo o uso da internet deve ter impactos apreciáveis neste gigante mundial que é o País do Meio.


2 Comentários para “A Revolução de Conectividade na China”

  1. João Enzo
    1  escreveu às 23:16 em 29 de março de 2017:

    Já era tempo para Google – e também outros motores de procura
    – olharem para um tanto mais distante sobre os fatores fora de controle humano. https://www.seoblackhat.com.br/

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 05:33 em 30 de março de 2017:

    Caro João Enzo,

    Obrigado pelo comentário. Acho que a Google já está enfrentando problemas com muitos dos seus anunciantes. Parece que existem problemas técnicos com alguns controles, mas parece natural que haja aperfeiçoamentos.

    Paulo Yokota


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