Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Mudanças Anunciadas no Comando da Petrobras

22 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Muitos veículos de comunicação estão dando a notícia que foi divulgada com primazia pela sempre bem informada jornalista Cristiana Lobo, de Brasília. Na próxima Assembleia Geral da Petrobras, prevista para 13 de fevereiro, o presidente José Sérgio Gabrielli deixará o cargo, sendo substituído pela atual diretora Maria da Graça Foster, do setor de gás daquela empresa estatal. Esta notícia, mesmo sem uma confirmação oficial, vinha sendo veiculada há meses, informando que José Sérgio Grabrielli tentará a sua eleição para a Prefeitura de Salvador, visando uma carreira política.

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Maria da Graça Foster e José Sergio Gabrielli

Diversas interpretações acabam sendo dadas para esta aguardada substituição. A presidente Dilma Rousseff estaria escolhendo nomes técnicos que dariam maior substância ao seu governo, como quando escolheu o novo ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, muito bem recebido pelos especialistas e pelos meios de comunicação. Dilma Rousseff continua com o prestígio popular em alta, acima de Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso completando seus primeiro ano de governo, e estaria aproveitando a oportunidade para dar a sua cara para a sua equipe de governo, reduzindo a influência dos políticos. Maria da Graça Foster, que já trabalhou diretamente com a Dilma Rousseff, é considerada uma especialista, principalmente na área da energia e de gás, e poderia ajudá-la na promoção do desenvolvimento.

Como a presidente fez no caso da Vale, ela estaria também aumentando o seu comando pelas organizações chaves, sendo que a Petrobras, historicamente, sempre contou com um poder difícil de ser controlado pelo governo, tendo objetivos próprios. Afirmam que mesmo o presidente Ernesto Geisel não conseguia controlar todos os setores desta instituição, havendo insinuações que a empresa constituiria outro país dentro do Brasil. Gabrielli vinha anunciando metas que a Petrobras não conseguiria atingir com a atual disponibilidade de recursos e tecnologia.

As características pessoais da Maria da Graça Foster, diretora de carreira na Petrobras, seria de forte personalidade, podendo aumentar o poder da presidente Dilma Rousseff. Sabe-se que ela procura condições para tornar o setor industrial brasileiro competitivo dentro do atual cenário da economia mundial globalizada. O fornecimento de gás natural a preço competitivo seria uma das metas a ser perseguida.

O gás natural, apesar de suas reservas estarem crescendo no Brasil, que também conta com pesados investimentos já feitos nos gasodutos, ainda controlado pela Petrobras, tem um preço bastante elevado. Seria um grande incentivo para a indústria brasileira contar com fornecimento confiável e competitivo deste combustível limpo.

Os atuais apagões que se observam no fornecimento da energia elétrica a cada tempestade exigem das empresas pesados investimentos em geradores de derivados de petróleo para as eventualidades, que mesmo aperfeiçoados, acabam provocando poluições e elevando os custos.

Muitos projetos que utilizam gás natural em grandes proporções poderiam ser cogitados, proporcionando um novo impulso de desenvolvimento no país, principalmente diante de um cenário internacional pouco ativo.



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