Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Sobre a Ajuda Chinesa aos Países Estrangeiros

27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Empresas, Notícias, webtown | Tags: ,

No artigo publicado por Axel Dreher e Andreas Fuchs no Vox, uma instituição destinada à divulgação de análises, informa-se que as ajudas dos chineses ao exterior carregam um preconceito superior aos de outros países. Sempre são considerados como interessados em assegurar o seu abastecimento de recursos naturais, mercado para suas exportações e alianças políticas. Como exemplo, citam uma referência feita por Hillary Clinton numa visita a Burma, bem como a outros países do Leste Europeu ou asiáticos, para que cuidados sejam tomados sobre os mesmos.

Os autores informam que existem poucas evidências empíricas sobre estes fatos, não se diferenciando com os concedidos por outros países, sabendo que todos eles carregam, no mínimo, alguns propósitos políticos. Eles coletaram informações sobre os projetos chineses de 1956 a 2005, os montantes de recursos envolvidos, os envio de equipes médicas e as doações de alimentos.

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Fonte: Dreher e Fuchs

Eles compararam os dados chineses com os dos países tradicionalmente doadores organizados na OECD, no seu comitê de ajuda ao desenvolvimento e não encontraram diferenças significativas, nem quanto ao nível de desenvolvimento, fornecimento de petróleo, interesses comerciais ou situação política. Mencionam várias fontes bibliográficas para estes estudos.

Não se pode negar que, como as ajudas de outros países, existem também propósitos humanitários nos projetos chineses. O fato que parece evidente é que não se diferenciam daqueles dos outros países que também carregam propósitos políticos ou comerciais.

O que tudo indica é que a agressividade chinesa nas décadas recentes vem provocando reações de países que hoje estão limitados em suas capacidades de ajuda, diante do quadro que enfrentam internamente ou no cenário internacional.

Estas comparações parecem úteis somente para informações, pois sempre acabam carregando convicções pessoais dos analistas.



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