Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Esforços Indianos Para Aproveitar Seus Recursos Humanos

5 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Há um reconhecimento geral de que a Índia conta com muitos recursos humanos treinados no exterior que não estavam bem aproveitados para o seu desenvolvimento, sendo remunerados com custos baixos. Muitos pós-graduados no exterior tendiam a ficar com empregos em outros países. A Folha de S.Paulo publica uma resenha de Toni Siarretta sobre o livro "India Inside", de Nirmalya Kumar e Phanish Puranam, publicado pelo Harvard Business Review Press, que informaria sobre o esforço que está se fazendo para atrair estes importantes recursos humanos.

Muitas são as informações que a China também está fortemente empenhada nestes esforços. O Brasil conta com um número ainda limitado de recursos humanos aperfeiçoados no exterior, mas também demanda esforços desta natureza, tendo alcançado resultados expressivos em alguns setores.

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A Índia ficou conhecida pela disponibilidade de recursos humanos preparados com baixo custo, fazendo com que muitas empresas multinacionais utilizassem seus serviços com a instalação de centros de informática, desenvolvimento de software, contabilidade e outras atividades menos exigentes em conhecimento de ponta.

Com a atual aceleração do desenvolvimento indiano, muitas empresas multinacionais estão instalando centros de pesquisas naquele país, e a resenha cita explicitamente o caso da GE, Unilever, Norkia, Google e Microsoft. Mas grandes empresas indianas que se tornaram multinacionais também estão efetuando esforços no mesmo sentido.

A elite governamental indiana sempre contou com recursos humanos formados em Oxford e Cambridge, e era comum encontrar ótimos profissionais indianos trabalhando em organismos internacionais como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.

Com o desenvolvimento acelerado recente da Índia, acompanhando a China, muitas universidades e centros de pesquisas locais estão promovendo a volta de profissionais que se encontram nas áreas correspondentes, tanto nos Estados Unidos como a Europa. Nem sempre eles encontram as mesmas condições para o desenvolvimento dos seus trabalhos, quer de ensino como de pesquisa, mas este esforço é apreciável.

A China, que conta com um planejamento mais centralizado e recursos mais volumosos, destaca-se nestes esforços, mas outros países emergentes também procuram suprir suas necessidades utilizanado estes recursos humanos que tiveram suas origens no país.

No passado, era mais comum encontrar profissionais do chamado mundo industrializado, como norte-americanos e europeus, nas universidades e centros de pesquisa do resto do mundo, mas na maioria das vezes em assuntos de seus interesses pessoais. Agora parece que começa a se esboçar um esforço de política de pesquisas e desenvolvimentos voltados às necessidades específicas dos países emergentes.

São investimentos pesados e de longa maturação, mas absolutamente estratégicos para os seus desenvolvimentos. Todas estas experiências em outros países devem merecer toda a atenção.



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