Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Limitações de Água Para o Desenvolvimento Chinês

17 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

20110930135335889Uma notícia de Leslie Hook, que está sediada em Pequim, publicada no Financial Times informa que as autoridades chinesas estão explicitando as limitações das disponibilidades de água naquele país, comprometendo a possibilidade de crescimento da economia. Alertam a população que a situação está piorando e que mais de dois terços das cidades da China enfrentam limitações na disponibilidade de água. A degradação ambiental da segunda economia do mundo, segundo a notícia, fez com que o vice-ministro dos recursos hídricos, Hu Siyi, informasse ser uma ameaça ao desenvolvimento econômico e social do país.

Segundo Hu Siyi, com o desenvolvimento recente e excessivo da China, a escassez de recursos hídricos ficou mais evidente, com situações críticas em muitas áreas. Sem medidas fortes e firmes, aquela autoridade admite que a situação não possa ser revertida. Pequim vem tentando resolver a questão com medidas que restringem o consumo. Volumosos investimentos estão sendo aplicados para a melhoria do sistema de gestão destes recursos.

Ma Jun, um ativista chinês especialista em recursos hídricos, afirma que o governo vem se movendo na direção correta, mas não conseguiram conter a demanda crescente de água. Foram construídas barragens, poços artesianos mais profundos estão sendo perfurados e muitas cidades construíram projetos de desvio das águas, mas os limites já estão sendo atingidos, segundo ele.

Recentemente, um vazamento de metais pesados que poluiu cerca de 500 quilômetros do rio ao sul de Longjiang colocou o governo em foco na questão de como lidar com os problemas das poluições das águas, tornando o assunto uma novidade na China.

Nos dois terços das cidades chinesas, a escassez de água potável está afetando cerca de 300 milhões de habitantes, e dois terços dos lagos da China enfrentam deficiências químicas decorrentes da poluição, conforme estimativas do governo.

Os ambientalistas informam que a eficiência da política de água teve alcance limitado, pois as autoridades concederam maior prioridade ao crescimento econômico ao cumprimento das diretrizes ambientais.

Segundo o artigo, o vice-ministro Hu Siyi, num gesto incomum entre os funcionários públicos, reconheceu que se as medidas continuarem fracas e as gestões forem deficientes, as demandas para melhorar as vidas da população serão difíceis de serem cumpridas, juntas com o desenvolvimento econômico.

Esta situação chinesa enfatiza a importância da disponibilidade de água no Brasil, que da mesma forma não pode desmerecer as atenções para a preservação de sua qualidade.



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