Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Produção Brasileira de Fertilizantes

9 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O Valor Econômico de hoje, num artigo assinado por Vera Saavedra Durão, informa que, com a interveniência da presidente Dilma Rousseff a, Vale e a Petrobrás chegaram a um acordo para a produção de cloreto de potássio pela primeira empresa, da mina de propriedade da segunda. Como é do conhecimento geral, os solos agriculturáveis do Brasil apresentam acidez elevada, que é corrigida com o uso de calcários abundantes no país, mas necessita de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e de potássio como regra geral. São conhecidos pela sigla NPK e cuja demanda deverá continuará se elevando.

A Vale é uma empresa reconhecida como eficiente na mineração enquanto os interesses da Petrobras estão concentrados em petróleo e gás. Nada mais natural que pelo aspecto estratégico nacional houvesse um entendimento entre as duas empresas. A possibilidade de produção de nitrogênio decorre do aproveitamento dos gases que começam a ser descobertos em várias partes do país, sendo possível pelo avanço da petroquímica. A carência é de reservas de fosfatos, que necessitam ser importados, e a Vale conta com meios do seu transporte como carga de retorno dos minérios exportados.

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Cultivo de soja e cana de açúcar no serrado brasileiro

Estes projetos costumam ser gigantescos, demandando muitos investimentos amortizados no longo prazo. O artigo informa que a Vale nada vai pagar agora para a Petrobras, que terá participação na produção obtida. Desde a Revolução Verde, em torno de 1960, conhece-se que estes fertilizantes são vitais para o aumento da produtividade agrícola. E o Brasil é um dos países que deverá continuar a contar com condições para o aumento da produção agrícola não somente para o seu abastecimento, mas para a exportação para os mercados internacionais.

A Embrapa vem desenvolvendo tecnologias para melhoria da eficiência agropecuária que, além das sementes selecionadas, vai continuar a demandar muitos destes fertilizantes. O aumento das atividades dos gigantes nacionais nesta área só pode ser saudado com muitos aplausos.

Todos reconhecem que o país dispõe de solos abundantes, água suficiente, agricultores eficientes e disponibilidades crescentes de tecnologia para este setor. Ainda que não se deseje uma dependência exagerada da exportação de produtos primários, os seus beneficiamentos em agroindústrias podem adicionar valor aos mesmos, que continuam com uma demanda crescente no mundo, na medida em que se acelera a urbanização das populações dos países emergentes.

Viabilizar projetos de magnitude nestas áreas parece fundamental para assegurar as possibilidades de um desenvolvimento sustentável, capaz de gerar condições de vida digna para a população brasileira.



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