Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aumento da Mobilidade dos Recursos Humanos

23 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Aumentam as notícias sobre o aumento da mobilidade de recursos humanos no mundo globalizado. Até algumas décadas passadas, só havia informações sobre a migração de populações dos países menos desenvolvidos procurando oportunidades para se realizar em economias mais avançadas. Hoje, notam-se alguns refluxos, inclusive de recursos humanos mais preparados. Kirk Semple publicou um artigo no The New York Times sobre o assunto, que está reproduzido no site do IG registrando alguns casos de filhos de imigrantes que estudaram nos Estados Unidos e estão procurando desafios na Índia, na China, no Brasil e na Rússia, de onde vieram seus pais, até para surpresa de muitos deles.

Muitos brasileiros procuraram oportunidades de trabalho no mundo desenvolvido, legal ou ilegalmente. Foram para os Estados Unidos, Europa, muitos sem um visto regular. Para o Japão, descendentes de japoneses de segunda e terceira geração, residentes na América Latina, receberam vistos de trabalhos temporários que acabavam se renovando. Agora, com o desaquecimento destas economias desenvolvidas, e as oportunidades que ser criaram nas chamadas economias emergentes, é expressivo o volume dos que retornam. Mas também imigrantes de outras partes do mundo, como chineses, estão aumentando a sua imigração para o Brasil.

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Soldadores nikkeis retornaram ao Brasil para trabalhar em estaleiro pernambucano.  Aumenta o número de trabalhadores estrangeiros no Brasil

Estes fluxos de recursos humanos, como os de capitais, acabam provocando um aumento do intercâmbio comercial e cultural, principalmente porque os ciclos econômicos acabam variando, havendo momentos de ascensão como de declínio em qualquer economia. A mobilidade dos destes imigrantes, muitos com tempo incerto, acabaram sendo facilitados.

Normalmente, são considerados, na sua média, pessoas de iniciativa e coragem, capazes de enfrentar novas situações procurando a melhoria do seu padrão de vida. Não estão acomodados nos locais em que vivem.

Os poucos casos citados no artigo do The New York Times referem-se a pessoas que se formaram no curso superior, e estão procurando desafios para suas carreiras. Mas a massa destes imigrantes costuma ser de preparação mais modesta, ainda que inclua os que dispõem de cursos variados.

Em alguns países europeus, o nível de desemprego, principalmente para os jovens, está extremamente elevado obrigando-os a procurarem ocupações mesmo em países que não sejam de sua preferência. O que costuma acontecer é que, depois de um período, alguns deles conseguem enraizar-se nas novas localidades, aproveitando suas culturas e ajustando-se às novas que encontram.

Sempre haverá alguns que sofrem nestes ajustamentos, sendo obrigados a promoverem novas mudanças, mas na sua maioria acabam revelando uma capacidade de ajustamento, pois as informações sobre as condições em outros países estão mais bem disseminadas.

Muitos aprenderam a viver no mundo globalizado.



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