Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Centro de Pesquisas da britânica BG no Brasil

20 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Em que pesem todas as dificuldades compreensíveis o Brasil vem atraindo as atenções mundiais. Agora, a inglesa BG Group anuncia que o seu CGT – Centro Global de Tecnologia será construído no Rio de Janeiro, devendo investir até 2025 US$ 2 bilhões, que significa uma média anual de US$ 154 milhões, uma cifra impressionante. O BG Group dedica-se ao setor de gás e petróleo, e, segundo o artigo de Francisco Góes, publicado pelo Valor Econômico, ele pretende que o CGT seja a sua ponta de lança da sua política de pesquisa e desenvolvimento. Uma sua referência é o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica em São Jose dos Campos.

As declarações ao Valor Econômico foram dadas por Henrique Rzezinski, vice-presidente corporativo e de política pública do BG Brasil. Seria um grande polo de pesquisa e desenvolvimento que operará em conjunto com parcerias com universidades e centros de pesquisa no país, integrado via alianças com uma rede de excelência em petróleo e gás em países como a Inglaterra, Estados Unidos e Escócia. A escolha decorreu de sua previsão de produção de 600 mil barris de óleo equivalente por dia, ao final da década, tornando-se a segunda produtora seguindo a Petrobras.

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Henrique Rzezinski

Eles iniciam em meados do ano a construção de um pavilhão na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, ao lado de outros centros de pesquisa de grandes grupos internacionais como a FMC, Baker Hughes, Schumberger, GE, Siemens de Halliburton, tentando formar algo parecido com o Vale do Silício na área de petróleo e gás.

A BG apresenta a peculiaridade de não pretender propriedades intelectuais como as patentes, mas partilhar com os seus parceiros conhecimentos que possam ser utilizados nas suas atividades, que não se restringem ao gás e petróleo.

Eles informam que existem cinco grandes temas de pesquisa que têm valor estratégico para a empresa. Um deles é o gerenciamento de CO², tema sensível para o setor. Também pretendem estudar as rochas carbonáuticas encontradas no pré-sal. Existem temas relacionados com a segurança ambiental e das pessoas, assim como aprimoramento das perfurações em águas profundas.

Pretendem com as pesquisas abreviar o tempo para as perfurações com segurança. Também desejam pesquisar a produção de gás a partir do carvão como já fazem na Austrália.

As determinações destas empresas, com elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento mostram que as atividades do pré-sal exigem ainda novos conhecimentos, e as atividades offshore devem aumentar não somente no Brasil. Deve-se recordar que hoje 80% da produção de petróleo dos Estados Unidos já se efetuam no mar.



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