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O Suplemento do Valor Econômico Sobre Infraestrutura

29 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos sabem que existem inúmeros projetos brasileiros de infraestrutura, públicos e privados, em estágios diferentes de preparação. O suplemento Infraestrutura do jornal Valor Econômico publicado hoje faz um balanço bastante completo do assunto, informando que os mesmos chegam à cifra recorde de R$ 1,5 trilhão, sendo liderados pelos de petróleo e gás, existindo uma firme demanda por aluguel de máquinas e uma contagem regressiva para a Copa do Mundo.

O suplemento cobre uma ampla gama de tópicos, como os relacionados com o PAC, o problema do financiamento concentrado no BNDES, as necessidades de equipamentos com significativo avanço dos chineses, os problemas das peças e manutenção dos equipamentos, o aumento da demanda por locação dos equipamentos, o problema dos insumos e matérias-primas, problemas de mão-de-obra e tecnologia. Destacam-se os projetos relacionados com o petróleo e o gás, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias, mobilidade urbana, energia, saneamento, telecomunicações, eventos esportivos, shoppings centers, moradias, além de problemas de sustentabilidade e seguros.

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O suplemento trata dos projetos previstos até 2016 e foram levantados pela Sobratema – Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, compreendendo 12.265, transformando o Brasil num verdadeiro canteiro de obras. As empresas de construção pesadas estão com suas carteiras abarrotadas, e todos estão conscientes dos atrasos na elaboração da infraestrutura brasileira.

Os grandes projetos estão defasados em seus cronogramas, mesmo com a colaboração do setor privado, nacional e estrangeiro. 95% dos projetos estão recebendo suporte do BNDES, o que é evidentemente exagerado na dependência com relação àquela agência governamental, que vem recebendo recursos adicionais do orçamento federal.

As indústrias de equipamentos, principalmente para a construção pesada, estão atendendo tanto as construtoras como empresas que se especializaram no seu aluguel, sendo que menos de sua metade está sendo importada. Destaca-se o aumento da presença da indústria chinesa neste mercado, que chegou a representar a metade da construção civil no mundo.

Todos os insumos para estas obras, como cimento e aço, estão com suas demanda aquecidas, sentindo-se a carência de mão-de-obra para o setor da construção. Inovações tecnológicas estão sendo introduzidas para suprir esta carência.

O setor de petróleo e gás representa metade dos projetos brasileiros de infraestrutura até 2016 e a incapacidade do setor de construção naval vai acabar exigindo mudanças nas regras atuais. Há preocupações com os problemas de licitação de projetos de transportes, bem como todos os relacionados com o impacto ambiental.

Existem modernizações indispensáveis, como nos aeroportos, e o potencial da navegação fluvial ainda não está todo explorado. O transporte urbano de massa é um destaque, havendo urgência para a implantação de vários projetos. A energia e a telecomunicações necessitam de aceleração.

Os projetos de saneamento estão atrasados e os cuidados ambientais estão abaixo do desejável. As informações constantes deste suplemento dão uma ideia da ampla diversificação das necessidades, havendo oportunidade para todos.



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