Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Homenageia a Mulher Brasileira

1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Com o título expressivo de “Amazonas no trabalho”, a prestigiosa revista internacional The Economist informa num artigo que a mulher brasileira, que na década dos 1960 do século passado tinha uma modesta participação no mercado de trabalho formal, hoje apresenta uma presença impressionante. Cita a ONG Mão na Massa que prepara faveladas para trabalhos duros como as de encanadoras hidráulicas, pintoras de residências, pedreiras de construção civil desde 2007. Muitas desejam trabalhar nas indústrias, e seus ganhos reais vêm aumentando expressivamente nos anos recentes, ainda que na média sejam inferiores aos dos empregados masculinos. Encontram pequenas resistências dos homens, nas tarefas que eram tradicionalmente deles, diante do crescimento do emprego formal e baixo nível do atual desemprego na economia brasileira, segundo a revista.

O artigo mostra que as mulheres estão estudando mais tempo que os homens nas escolas, e dois terços dos atuais diplomados em curso superior são do sexo feminino. Com isto ,está sendo possível com que elas ingressem nos concursos do serviço público, pois na média são mais aplicadas nos estudos. Numa impressionante revelação, informa que a think tank de Nova Iorque, Centre for Talent Innovation, encontrou que entre as diplomadas universitárias brasileiras 59% são muito ambiciosas, cifra que nos Estados Unidos chega somente a 36%.

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Operárias brasileiras da construção civil, presidente Dilma Rousseff e Graça Foster

Tanto em empresas privadas como estatais, as mulheres estão conseguindo posições de destaque, citando o caso tanto da presidente Dilma Rousseff como da Graça Foster, presidente da poderosa Petrobras. Mostra que o prestígio da presidente da República vem se elevando, com sua política de efetuar uma “limpeza na administração pública”, como com o aumento do número de ministras que chega a mais de um quarto do total.

O artigo cita que a resistência vem de fora do emprego, como uma mãe que cita o caso da filha que, mesmo com 31 anos, ela ainda não se casou. As suas dificuldades é que muitas necessitam dobrar as suas jornadas de trabalho, pois encontram limitações para conseguir domésticas para as auxiliarem nas tarefas de casa, citando que muitos homens brasileiros não se dispõem a ajudá-las nestas necessidades.

Fazendo outras comparações com o que ocorre em outros países, The Economist não chega a citar que as mulheres estão substituindo os homens em tarefas duras como a direção de caminhões, motoristas de táxis, militares, policiais e outras que eram tradicionais dos homens. Pode-se afirmar que o desenvolvimento brasileiro não teria sido possível sem a elevada participação das mulheres nestes trabalhos.



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