Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Política Industrial a Partir do Setor Automobilístico

5 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A manchete do jornal Valor Econômico, com base na matéria elaborada por Sergio Leo, informa que “Novo regime automotivo agrada a empresas do setor”, mostrando que a tributação do IPI – Imposto de Produtos Industrializados pode representar até 34%, se atendidos os requisitos do novo regime automotivo. Visa aumentar o uso de componentes locais, ao mesmo tempo em que se estimulam os investimentos em inovações e eficiência dos motores e das seguranças dos veículos. Constata-se que as críticas que as medidas até agora tomadas eram pontuais acabam sendo respondidas.

É interessante notar que o jornal econômico Nikkei divulga no mesmo dia que a Toyota está incentivando seus fornecedores de peças no Brasil para aumentarem a sua produção no país, de forma a reduzir os seus custos e adquirirem experiência internacional. A Toyota iniciou a produção do seu modelo Etios na unidade em Sorocaba, e esta orientação deve estimular os produtores de componentes até para veículos de outros fabricantes, inclusive japoneses.

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Ministros Guido Mantega, Fernando Pimentel e Marco Antônio Raupp no lançamento do programa Inovar Auto. Foto: Jefferson Rudy

Este programa Inovar Auto será implementado em etapas, sendo as primeiras no próximo ano, chegando até 2017. Envolverá pesquisas a serem efetuadas no Brasil, deixando se ser meramente protecionista, dificultando a importação. Atende também as reclamações que muitos países estão fazendo na OMC – Organização Mundial do Comércio contra o Brasil.

Como uma reação imediata, muitas montadoras já anunciaram a aceleração dos seus investimentos, envolvendo modelos econômicos até os mais sofisticados. Serão respeitadas as regras estabelecidas no Mercosul, considerando locais os componentes produzidos nos seus países membros.

Alguns produtores de peças das empresas japonesas, como a Denso, de ar-condicionado, já fornecem também para montadoras de origem europeia e norte-americanas. Mas outras ainda estão considerando os seus riscos, devendo ser estimulados pelas medidas do novo programa.

Comparando com os outros fornecedores de peças de origem em outros países, nota-se que as japonesas estavam atrasadas.

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Com o cronograma do novo programa, as diversas empresas que já atuam no Brasil com a produção de componentes, como as novas que acompanham os projetos de montadoras, poderão efetuar os seus estudos, ao mesmo tempo em que as pesquisas sejam intensificadas, pois existem particularidades que acabam exigindo a chamada “tropicalização”.



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