Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Medicina Esportiva Brasileira

6 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , ,

Existem fortes indícios que o esporte profissional tornou-se um negócio qualquer com o objetivo de maximização dos resultados econômicos, notadamente nos países chamados desenvolvidos. Investidores, como russos e do Oriente Médio, efetuam vultosos investimentos, deixando de ser esportes, mas formas de ganhos financeiros rápidos. Muitos jovens atletas, notadamente de futebol que é o esporte que mais fatura no mundo, são transferidos para a Europa, e estranhamente ganham peso, que suas estruturas ósseas não suportam. Com atividades intensivas, em vez de aperfeiçoar o corpo humano acabam desgastando-o de forma prematura.

É interessante observar que a medicina esportiva brasileira está avançando mais que em outros países, permitindo a recuperação demorada e cuidadosa de muitos atletas. São processos demorados, pois exigem o fortalecimento de toda a estrutura que vai ser mais exigida. Isto não acontece somente no futebol, como na ginástica e no voleibol, onde desde jovens atletas são submetidos a processos que não são humanos. Com menos de trinta anos já não estão mais aptos a estes esportes, com o desgaste prematuro das partes mais pressionadas, quando a finalidade do esporte deveria ser o de uma vida sadia.

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Ronaldo Fenômeno no Cruzeiro e no Milan: fortalecimento muscular na Europa

É evidente que estes jogadores profissionais desejam também maximinar seus ganhos financeiros, principalmente quando são estrelas que atraem os patrocinadores. Mas é preciso pensar nos seus ganhos ao longo de muito tempo, como fez Pelé ou Ronaldo, que continuam faturando com publicidades e outras atividades, por terem um nome consagrado. Mas são poucos, quando considerados os muitos que foram transferidos para outros centros que remuneram melhor.

O prematuro retorno do jogador Pato é um bom exemplo. A esperança é que ele seja devidamente recuperado pelo que há de melhor na medicina esportiva brasileira, pois ainda poderá ter uma longa carreira brilhante. Os dirigentes, como os de ginástica e voleibol, precisam se preocupar com a moderação para que seus investimentos possam proporcionar retornos por um prazo mais longo.

É preciso ter a consciência que os atletas mais modestos nem sempre possuem a capacidade de discernir o que é bom para eles ao longo de um prazo. Agentes inescrupulosos, que são em grande número, pensam somente nas suas participações imediatas, pouco se importando com o ser humano que estão transacionando como se fossem escravos.

Parece indispensável que os dirigentes dos organismos que supervisionam estes esportes, e principalmente os que reúnem veteranos esportistas, se preocupem com uma adequada regulamentação do assunto, constituindo fundos compulsórios para os períodos mais difíceis destes atletas, principalmente quando já estiverem aposentados.

Afinal, entre os poucos heróis que o Brasil possui, destacam-se muitos atletas que cobriram de glória o país, empolgando multidões. É preciso pensar na sua continuação e sua preservação, no sentido mais amplo, para alegria da população brasileira.



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