Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Linha Editorial da Folha de S.Paulo

17 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , , | 1 Comentário »

Sempre tendemos ser críticos aos trabalhos da imprensa, tanto do Brasil como do exterior, inclusive da Ásia que procuramos acompanhar para inspirar alguns artigos que são postados regularmente neste site. Mas, para ser justo, procuramos ressaltar também as contribuições positivas que vêm sendo dadas, como no caso da Folha de S.Paulo, mesmo convicto que o principal papel da imprensa continua sendo a de apontar as irregularidades que se observam em qualquer país, como um dos instrumentos mais importantes para a democracia. No número deste domingo, podemos destacar o artigo que faz parte da série “O Brasil que mais cresce” que já cobriu 45 localidades pelo interior deste país, ou mesmo no litoral, fora dos grandes centros urbanos do Brasil.

É natural que a imprensa privada, para poder sobreviver, destaque sempre os assuntos que são de maior interesse dos que anunciam em suas páginas. São as grandes empresas, notadamente os componentes do sistema financeiro, onde as críticas à política econômica costumam se destacar. É evidente que existem dificuldades que devem ser apontadas, mas voltar os olhos para a produção e o que está acontecendo neste país também precisa ser de conhecimento da população, o que parece apresentar algumas insuficiências.

mapa

Mas, também reconhecendo que qualquer país depende basicamente de suas pequenas e médias empresas, a Folha de S.Paulo vem mantendo um guia especial chamado MPME – micro, pequena e média empresa. Nesta edição de domingo, que a agropecuária exige união de pequenos, mostrando o que vem acontecendo com o setor que sustenta a economia brasileira, introduzindo inovações relevantes.

Também fala de um pequeno empresário que inventou uma máquina para picar os cartões magnéticos que estão sendo utilizado para múltiplas finalidades, a fim de permitir a reciclagem deste material.

E retrata os dramas vividos pelos caminhoneiros que percorrem todos os rincões deste imenso país, enfrentando uma infraestrutura que carece de manutenção, bem como melhorias significativas, que parecem estar sendo percebidas pelo governo e pelas grandes empresas privadas.

São parcelas importantes do Brasil real, que nos últimos cinquenta anos no mínimo triplicaram de tamanho físico, ocupando o Centro-Oeste, parte do Nordeste e o Norte, ao mesmo tempo em que introduziu inovações tecnológicas continuamente. Ao lado das periferias das grandes metrópoles que deixaram de ser áreas de dificuldades, mas onde está parte da nova classe média brasileira.

Os que ocupam os grandes centros urbanos têm dificuldades para acompanharem toda a epopeia por que veio passando o Brasil, superando as limitações e problemas que não inerentes ao processo de desenvolvimento. É a constante superação das barreiras que acabam criando outras que também terão que ser enfrentadas, num contínuo processo de inovações, que realizam os brasileiros, ao mesmo tempo em que vai melhorando a seu nível de bem estar, que ainda é insatisfatório.

Dificuldades sempre existirão, mas ficar só as lamentando em nada contribui. Os brasileiros que estão retratados nestes artigos contam com seus problemas, mas estão superando muitos deles, construindo um país desenvolvido e sustentável. Só se pode elogiar o trabalho de uma imprensa, que, além de contribuir para o aperfeiçoamento do regime democrático denunciando todas as irregularidades, deve destacar o árduo trabalho que vem sendo feito pela maioria dos brasileiros.


Um comentário para “Linha Editorial da Folha de S.Paulo”

  1. Dino Slender
    1  escreveu às 07:12 em 22 de fevereiro de 2013:

    Muito bom ver que grandes mídias estão dando destaque para o interior do Brasil.
    O G1 também vem criando canais regionais em conjunto com operadoras locais.

    Abraço!


Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: