Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Criminosa Venda de Medicamentos no Brasil

14 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , ,

Lamentavelmente, o Brasil parece ser o paraíso dos laboratórios que colocam no mercado medicamentos variados que afetam a saúde da população com as mínimas responsabilidades, abusando da ineficiência das autoridades que deveriam ser responsáveis pelas suas fiscalizações. Andrea Freitas publicou um artigo no site de O Globo informando que de 17 medicamentos encontrados no mercado, feitos os testes, somente 5 correspondiam às bulas que estavam nas suas embalagens. Os usuários habituais dos muitos remédios receitados exageradamente pelos médicos brasileiros notam que alguns não fazem nenhum ou mínimos efeitos, o que os levam a desconfiar que não contenham os princípios ativos necessários na dosagem indicada.

Dificilmente no mundo, os laboratórios concentram tantas atenções para que os médicos receitem quantidades exageradas de medicações de todos os tipos, oferecendo amostras e até proporcionando viagens para congressos especializados. Estranha-se a quantidade de farmácias e drogarias existentes, notadamente em São Paulo. A deficiência da fiscalização da Anvisa – agência oficial que deveria cuidar do assunto, e acusações sobre as exageradas demoras burocráticas para as devidas autorizações, acaba obrigando com que entidades de defesa dos consumidores façam parte destes testes, que não abrangem a totalidades dos remédios, principalmente os mais atualizados e custosos.

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Circulam suspeitas sobre muitos medicamentos que estão no mercado sem a devida autorização das matrizes dos laboratórios que costumam ser estrangeiras. A imprensa brasileira, por vezes, noticiam estes problemas, mas acabam sendo inibidas por um eficiente lobby que atende estas grandes empresas farmacêuticas.

O fato concreto é que os brasileiros estão sujeitos a informações complexas oferecidas em letras minúsculas nas bulas, que nem sempre são capazes de indicar todas as potenciais inconveniências, pois parecem exageradas as ofertas destes medicamentos. E muitos estão em embalagem que excedem as quantidades que devem ser utilizadas, implicando em desperdícios evitáveis com suas sobras.

Lamentavelmente, muitos hospitais não vendem os medicamos pelas unidades que os pacientes necessitam, pois seus faturamentos residem, em parte, dos medicamentos e outros produtos que são utilizados pelos pacientes.

Parece que há necessidade de maior consciência tanto da população como da classe médica, que sabem estar cuidando da saúde popular. Em muitos países, estes medicamentos são substituídos por alimentos que contêm parte dos princípios ativos que estão nos chamados remédios. Seria interessante que as autoridades aumentassem suas fiscalizações, ao lado de ações mais generalizadas das entidades que cuidam dos interesses dos consumidores, que evidentemente estão sendo prejudicados.



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