Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Influxo de Capitais nos Países Emergentes

25 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Numa reunião realizada em Tóquio, na 19º Conferência para o Futuro da Ásia, a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, afirmou, segundo artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei, que as políticas de flexibilização monetária dos países desenvolvidos estão provocando um forte influxo de recursos nos países emergentes. Ela propõe que os mesmos sejam utilizados para melhorar as redes de transportes por terra ou por mar destes países, criando algo como uma nova Rota da Seda, conectando o Sudeste Asiático com o Oriente Médio, com o norte da Ásia e com a Ásia Central.

Ela informa que as políticas adotadas pelo Japão, pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela União Europeia provocam estes influxos, e ela propõe que os países da região atuem em conjunto para garantir a estabilidade local, de forma produtiva. Atuando em conjunto, haveria a possibilidade de potencializar os benefícios, e somente a Tailândia está investindo US$ 66 bilhões na melhoria da sua infraestrutura.

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Yingluck Shinawatra

A proposta é extremamente interessante, mas haveria que se tentar o estabelecimento de um prazo mínimo para estes recursos, pois os projetos de infraestrutura necessitam de prazos longos, quando muitos destes recursos são de curto prazo.

Haveria necessidade de associar parte destes recursos de curto prazo com os disponíveis nos países como o Japão, com os relacionados com projetos de infraestrutura, utilizando mecanismos como o JBIC – Japan Bank for International Cooperation e agências locais de fomento, como o Asian Development Bank.

A criação de uma nova Rota da Seda poderia ligar estes países do Sudeste Asiático com os grandes mercados, como o da Europa e mesmo da Ásia desenvolvida, facilitando o intercâmbio, inclusive de turistas.

Como esta 19º Conferência Internacional para o Futuro da Ásia está sendo realizada em Tóquio com a ampla participação de importantes dirigentes da região, a proposta tem chances para alcançar um amplo apoio, necessitando de ajustes para evitar que os influxos de capitais de curto prazo afetem o câmbio dos países emergentes, acabando por dificultar seus desenvolvimentos.



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