Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Hora de Decisão Segundo Michael Spence

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , ,

Michel Spence, Prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Nova Iorque, publica no Project Syndicate um artigo otimista com relação à economia no mundo, afirmando que neste segundo semestre serão tomadas as decisões chaves que definirão uma estabilidade, eliminando a incerteza atualmente existente. Segundo ele, a economia norte-americana, mesmo com a eliminação do atual incentivo com a política monetária flexível, continuará crescendo, ainda que abaixo do que seria possível. Ele entende que os distúrbios que ocorreram em países como a Turquia e o Brasil tendem a estabilizar-se com a redução das incertezas, mostrando que não há como insistir somente no crescimento econômico nos países emergentes.

De outro lado, com a próxima eleição na Alemanha ficará definido o apoio que aquele país pode dar ao euro, eliminando a incerteza que impera atualmente, aumentando a turbulência na economia mundial. Ele entende que a China, com a nova administração, acabará definindo numa decisão do Partido Comunista Chinês o nível da redução do seu crescimento, determinando a magnitude da intervenção governamental. Ele entende que os Estados Unidos virão mais turbinados, mesmo com a redução do incentivo monetário que provoca instabilidade nas economias emergentes. E o Japão também contará com suas definições.

Michael-Spence

Michael Spence

Ele entende que os países europeus, como a Itália e a Espanha, também tendem a definir suas políticas, mesmo que não sejam as mais satisfatórias. No fundo, a austeridade não será mais aprofundada, pois se mostra impossível de ajudar na recuperação da economia.

Com tudo isto e mais o que venha a ocorrer neste segundo semestre, as incertezas tendem a se reduzir, provocando uma maior estabilidade na atual situação, mesmo que não seja com um crescimento expressivo.

Mesmo sem destituir os riscos de uma deterioração, ele se mostra cautelosamente otimista sobre a economia mundial. Entende que as duas maiores economias do universo, os Estados Unidos e a China, acabarão ganhando impulso, e as escolhas efetuadas trarão na sua cauda desafios substanciais para a Europa e para o Japão, mas que seriam mais fáceis de resolverem.

No fundo, Michael Spence não considera que estas políticas deixam um passivo expressivo em termos de deterioração do meio ambiente, reduzindo a sustentabilidade, deixando pesados encargos para o futuro, que continuarão reduzindo as possibilidades de crescimento, na medida em que medidas corretivas terão que ser adotadas, para corrigir o excesso de aquecimento global, que acaba aumentando a estabilidade climática. Tudo indica, infelizmente, que a natureza não consegue suportar tanta irresponsabilidade como a atual, dando uma importância egoísta para a melhoria da situação econômica do seu próprio país, com os custos espalhados para o mundo menos capaz de defender os seus interesses, ou os segmentos menos privilegiados da população.



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